No Maranhão, Secretaria da Mulher tenta golpe na posse das conselheiras estaduais

Na posse das conselheiras do Conselho Estadual da Mulher do Maranhão realizada na última 5ª feira dia 30 de Setembro, as 10 h da manhã, no auditório do Conselho Estadual do Trabalho, as conselheiras foram surpreendidas, com o recebimento de uma cópia do Diário Oficial do Estado que suprimia nove meses de seus mandatos.

 

No Diário Oficial e nas nomeações que a Secretária Catarina Bacelar encaminhava às conselheiras o mandato das mesmas iniciava em 27 de novembro de 2009 e terminava em 26 de novembro de 2011, ou seja a secretaria lhe suprimia nove meses de mandato. Erro de digitação? Desconhecimento da Lei que cria o Conselho? Ou dificuldades da atual secretaria de conviver com a democracia haja vista as várias discussões em que se envolveu com membros do Fórum Estadual da Mulher que representam a sociedade civil no Conselho?

As conselheiras se recusaram a assinar o ato de nomeação e de imediato iniciou-se uma polêmica contornada pelo discurso de várias conselheiras da sociedade civil que sensibilizaram as representantes do poder público a também não assinar. A secretaria da Mulher não teve argumento para defender o que estava no Diário Oficial, ficando mais uma vez patente seu despreparo para conduzir uma secretaria e sua insistência em empossar as conselheiras da sociedade civil demonstra sua falta de visão em relação a questões legais que envolvem Estado e Sociedade Civil.
O Mandato do Conselho previsto na lei são de dois anos consecutivos, as representantes da Sociedade Civil, são eleitas entre as entidades, que fazem a luta política pela Igualdade de Gênero, pelos direitos da mulher em âmbito estadual. Os representantes do poder público são indicados pelo Estado. A expectativa em relação a posse das conselheiras é grande haja vista os embates passado da sociedade civil com a atual secretaria que praticamente inviabilizou as ações do conselho.

A primeira reunião do Conselho está marcada para o dia 15 de outubro, quando será eleita a Diretoria Executiva que tratará de recuperar o tempo em que este Conselho deixou de atuar. Uma das principais reivindicações da sociedade civil é a execução do Plano Estadual da Mulher e do Pacto de Combate a Violência de Gênero aprovado pela ex-secretaria, no qual foram liberados recursos consideráveis do governo federal sem que a Secretaria dê satisfação para a sociedade de sua implementação.

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