Anamaria Nascimento – Diário de Pernambuco
Mais uma mulher foi assassinada no Recife num crime de motivação passional. A garçonete Jacilene Galdino de Souza, de 37 anos, foi assassinada na noite de ontem por seu ex-marido com um tiro no coração. O crime aconteceu por volta das 22h, no Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife.
Jacilene, que mora em Roda de Fogo, nos Torrões, tinha ido até o local para fazer um pagamento.
Depois de quitar a dívida, a garçonete decidiu parar em um bar para jantar. No estabelecimento, foi surpreendida por Joas Galdino da Silva, de quem estava separada há cerca de um mês. Segundo testemunhas, ele tentou reatar o casamento, disse que não aceitava a separação. A mulher se negou a voltar para ele e foi atingida com um tiro no peito.
Após efetuar o disparo certeiro, Joas saiu correndo do local e continua foragido. Os parentes da vítima estavam surpresos com a reação do homem, pois, segundo eles, Joas era um homem calmo e se dava bem com todos da família. “Ela era evangélica, muito tranquila, e ele não demonstrava ser
agressivo”, afirmou o irmão da garçonete Josias Carneiro.
Ainda segundo Josias, Jacilene tinha três filhos, dois deles filhos do acusado. Ele contou que a família está muito abalada e confiante na justiça divina. “Somos todos evangélicos e vamos entregar a situação nas mãos de Deus”, disse. O irmão da vítima informou que Joas fugiu levando a certidão de nascimento de Jacilene e, por isso, a família teve dificuldades para retirar o corpo do Instituto de Medicina Legal (IML).
O delegado Humberto Ramos comandou uma equipe da Força Tarefa Capital do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e fez as primeiras investigações. Segundo a polícia, a vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), no bairro do Cordeiro, mas não resistiu ao ferimento.
A polícia classificou o crime como passional. Juridicamente, o crime passional é um delito como outro qualquer e não se enquadra na figura penal atenuante de "violenta emoção". Quem tiver informações sobre o paradeiro de Joas Galdino da Silva, pode telefonar para o Disque-Denúncia no 3421-9595.
Por Anamaria Nascimento, especial para o DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR