Julgamento do caso Maristela Just é adiado para 1º junho

Jornal do Commercio

 

O julgamento do caso Maristela Just foi adiado para o dia 1º de junho. O réu José Ramos e advogado Humberto Albino de Moraes não compareceram ao julgamento, na manhã desta quinta-feira (13), no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Há 21 anos, José Ramos baleou os dois filhos, o cunhado e matou a ex-mulher, que tinha 25 anos à época.

 



Para o 1º de junho, a juíza Inês Maria de Albuquerque Alves, da 1ª Vara do Juri de Jaboatão, solicitou a presença da Defensoria Pública, pois mesmo que o advogado de defesa nem réu não compareçam, vai ocorrer o julgamento. Ficarão responsáveis pela defesa do réu os defensores Flávia Barros de Souza e José Inaldo Cavalcante. A decisão foi tomada às 10h15, após constatação da ausência injustificada do acusado e do advogado. Por não apresentar justificativa, o advogado Humberto Albino de Moraes foi multado no valor de 50 salários mínimos (R$ 25.500).

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Toda a área reservada para a família da vítima foi ocupada por parentes de Maristela Just. Já o espaço para os familiares do réu estava vazio, já indicando um possível não comparecimento do acusado ao Fórum de Jaboatão dos Guararapes, em Prazeres, no Grande Recife. Diante do Fórum, um grupo de mulheres do Fórum de Mulheres de Pernambuco portava cartazes pedindo justiça.

FILHOS – “Apesar da demora, acredito na justiça e acredito que no dia 1º de junho será feita a Justiça”, afirmou a publicitária Nathália Just, 26, filha de Marista, sobre o adiamento. Na época do crime, ela, que tinha quatro anos, foi atingida por um tiro no ombro. 

Questionada sobre a hipótese de o pai fugir, ela afirmou que o mais importante é que aconteça o julgamento e que “a Justiça seja feita”. Nathália, junto com o irmão, Zaldo, 24, que ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado, iriam testemunhar contra José Ramos.

Após o anúncio do adiamento, o filho de Maristela Just, Zaldo, saiu do Fórum muito abalado. Ele, então com dois anos à época do crime, levou um tiro do próprio pai – um dos disparos atingiu a cabeça do garoto, deixando o lado esquerdo do seu corpo paralisado. 

Minutos depois, mais calmo, ele contou que havia ficado com raiva porque o julgamento foi adiado, mas que também acreditava na Justiça. “José Ramos não é o meu pai, mas apenas o genitor”, afirmou.

A irmã de Maristela, Marcela Just, falou com a imprensa e disse estar abalada com o adiamento.

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