42% das gestantes brasileiras apresentam algum tipo de DST

Falta do uso de preservativos ainda é a principal causa do problema, diz estudo

Um estudo realizado pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde realizado em seis cidades brasileiras mostra que a porcentagem de gestantes contaminadas por algum tipo de DST chega a 42%, de acordo com um levantamento feito com mais de 3 mil mulheres grávidas em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, Fortaleza e Goiânia.

Segundo os pesquisadores, tais índices são elevados demais e causam preocupação, principalmente por que a maior causa do problema é a falta do uso de preservativos por mulheres comprometidas.

Ao todo foram analisadas 3.303 gestantes, sendo que 90% delas tinham renda de até dois salários mínimos. Realizada entre 2004 e 2005, a pesquisa reuniu grávidas com até 47 anos de idade com parceiros estáveis e mostrou que 49% das grávidas nunca usam preservativo com o parceiro fixo, e cerca de 20 % delas teve mais de um parceiro sexual nos 12 meses anteriores.

As DSTs mais encontradas foram clamídia – infecção que pode danificar o aparelho reprodutivo da mulher – e sífilis, que é transmitida através do contato direto com a ferida.

Outras doenças diagnosticadas formam: 57,8% das gestantes tiveram corrimento vaginal anormal, 6,5% de verruga genital, 4,4% de ferida genital, 4,3% de vesículas genitais e 25,2% de dor pélvica.

Qualquer DST pode ser tratada mesmo durante a gravidez e o não tratamento adequado a curto prazo pode levar a má formação do feto, parto prematuro e até ao aborto.

Novos estudos devem ser feitos para avaliar este quadro. O governo planeja lançar campanhas ao longo do ano chamando a atenção das mulheres para a gravidade do problema e incentivando o uso de preservativos mesmo para casais que têm uma relação estável.

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