Palavras Chave Feminismo Popular

Feminismos e crise da esquerda

Prosa Feminista Feminismos e a crise de esquerda, que aconteceu no dia 3 de outubro de 2021. Quais são os aprendizados e estratégias que os movimentos feministas apresentam para enfrentar a crise no campo de esquerda? Na Prosa Feminista, Sophia Branco, socióloga, militante do FMPE e colaboradora da ULF conversou sobre sua pesquisa de mestrado com Carmen Silva, educadora e pesquisadora do SOS Corpo e colaboradora da ULF.

Apropriação do tempo e do trabalho das mulheres

Card 1 no estilo colagem. No canto superior direito há um megafone de onde saem listras em diversas cores até o lado esquerdo. Sobre as listras, lê-se: “Apropriação do tempo e do trabalho das mulheres”. Logo abaixo, em branco, lê-se: “4 de maio, às 17h”, “terça-feira”. No centro, à esquerda, em magenta, há o símbolo do feminismo e ao redor, lê-se: “Prosa feminista: pesquisas de mulheres para mudar o mundo”. Saindo deste logo, em direção à direita, há listras de diversas cores. Sobrepostas às listras há duas fotos em preto e branco. À direita, está Sophia Branco, mulher branca com cabelos cacheados no ombro, vestindo uma blusa estampada com temas geométricos. Abaixo, lê-se: Colaboradora da ULF. Abaixo da imagem deste texto, lê-se ainda: Simone Dorneles, intérprete de Libras. À esquerda, está Verônica Ferreira, mulher branca, com cabelos escuros na altura dos ombros, óculos de grau de armação escura. Ela usa uma blusa escura. Abaixo da foto, lê-se: Pesquisadora - SOS Corpo, militante da AMB e AFM. No canto inferior direito, em magenta, lê-se, em letras grandes: @ulivrefeminista.
As mulheres realizam o trabalho de cuidados na esfera doméstica e também são a maioria nos serviços de atenção básica em saúde, atuando na manutenção e cura dentro e fora de casa. O movimento feminista denuncia a apropriação do tempo e do trabalho das mulheres pelo Estado patriarcal e capitalista há muito tempo. Mas como isso acontece no cotidiano das mulheres? Quais os fios invisíveis que ligam a exploração das mulheres à sustentação dos sistemas patriarcal, racista e capitalista? Essas e outras provocações deram o tom da Prosa feminista: pesquisas de mulheres para mudar o mundo”, realizada no dia 4 de maio de 2021. Para conversar com a gente, convidamos Verônica Ferreira, pesquisadora e educadora do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia, que tratou dessa questão em sua tese de doutorado. Nossa conversa vai ser mediada por Sophia Branco, militante do Fórum de Mulheres de Pernambuco e colaboradora da Universidade Livre Feminista. Contamos ainda com a participação de Simone Dorneles – intérprete de Libras. Para ter acesso à tese de Verônica Ferreira, clique no link: https://ulfa.org.br/wp-content/uploads/2021/06/TESE-Veronica-Maria-Ferreira.pdf

Trilhas Feministas na Gestão Pública

Publicação do CFEMEA (2010), resultando do processo educativo presencial que deu base para a criação do curso Trilhas Feministas na Gestão Pública, no mesmo ano.

Identidade e princípios organizativos no feminismo

Todo movimento social tem uma causa, suas idéias principais e sua forma de demonstrar suas posições, como, por exemplo, o jeito de fazer manifestação de rua, o modo como se reúne, como congrega pessoas novas, a maneira de divulgar suas idéias, como desenvolve a formação de sua militância, etc. O uso das cores é um bom exemplo do modo diferente como cada movimento faz as coisas. No movimento sindical da CUT e no MST é o vermelho que prevalece, o movimento LGBT usa o arco-íris, o pessoal do movimento ecológico está sempre usando verde nos seus materiais, para o feminismo é o lilás.[...]

Feminismos populares: as bruxas necessárias nos tempos de cólera

Os feminismos populares se espalharam pela América Latina e abrangem uma ampla gama de movimentos de base que interagem com movimentos de mulheres que não necessariamente se definem como feministas e participam de organizações populares mistas. Do feminismo indígena, negro ou nos movimentos de bairro latino-americanos, emergem demandas crescentes de des-patriarcalização, desenvolve-se uma pedagogia feminista renovada e se questionam as hierarquias das organizações de esquerda. Apesar da ofensiva conservadora que comove esses tempos, devastando as conquistas dos povos, espalhando raiva e fúria nos corações, existe um clã subterrâneo, 3 um movimento de consciência histórica que cresce, se "encorpa" a partir da memória, e muda – nos muda – a vida cotidiana. Refiro-me à irrupção, na política, de coletivos de ação, pensamentos, sentimentos, sonhos, que assumimos o feminismo como uma proposta que desafia as múltiplas opressões produzidas pelo capitalismo colonial e patriarcal. Feminismos indígenas, camponeses, de bairros populares, de trabalhadoras de duplas e triplas jornadas. Feminismos de sujeitas não assujeitadas, que respondemos coletivamente aos desafios da sobrevivência e vamos tornando realidade a proposta uma: “mexeu com uma, mexeu com todas”. [...]