Palavras Chave Educação Popular

Sistematização de práticas metodológicas de formação na Educação Popular em ambiente virtual

Publicação que traz artigo sobre a experiência da Universidade Livre Feminista na campanha Feminismo com quem tá chegando (p.135-157), realizada durante a pandemia (2020). A ação de sistematização de novas metodologias de formação foi realizada pelo Centro de Educação e Assessoramento Popular (CEAP). O objetivo foi “Sistematizar práticas metodológicas de formação na Educação Popular realizadas em ambiente virtual desenvolvidas por sujeitos sociais populares em suas organizações no contexto da pandemia Covid-19 (abril 2020 e março 2021), a fim de acumular subsídios para sua recomendação a processos formativos e organizativos”. Foram sistematizadas 10 práticas formativas desenvolvidas pelas seguintes organizações e movimentos sociais populares: Central Única dos Trabalha-dores (CUT), Coletivo Intervozes, Pastoral da Juventude (PJ), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Universidade Livre Feminista (ULF), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR) e Odara – Instituto da Mulher Negra.

Feminismos populares: as bruxas necessárias nos tempos de cólera

Os feminismos populares se espalharam pela América Latina e abrangem uma ampla gama de movimentos de base que interagem com movimentos de mulheres que não necessariamente se definem como feministas e participam de organizações populares mistas. Do feminismo indígena, negro ou nos movimentos de bairro latino-americanos, emergem demandas crescentes de des-patriarcalização, desenvolve-se uma pedagogia feminista renovada e se questionam as hierarquias das organizações de esquerda. Apesar da ofensiva conservadora que comove esses tempos, devastando as conquistas dos povos, espalhando raiva e fúria nos corações, existe um clã subterrâneo, 3 um movimento de consciência histórica que cresce, se "encorpa" a partir da memória, e muda – nos muda – a vida cotidiana. Refiro-me à irrupção, na política, de coletivos de ação, pensamentos, sentimentos, sonhos, que assumimos o feminismo como uma proposta que desafia as múltiplas opressões produzidas pelo capitalismo colonial e patriarcal. Feminismos indígenas, camponeses, de bairros populares, de trabalhadoras de duplas e triplas jornadas. Feminismos de sujeitas não assujeitadas, que respondemos coletivamente aos desafios da sobrevivência e vamos tornando realidade a proposta uma: “mexeu com uma, mexeu com todas”. [...]

Porque não fazemos uma curso básico sobre feministmo: um manifesto

Sempre nos perguntam porque a Universidade Livre Feminista não oferece um curso básico sobre Feminismo. E apesar de não falarmos muito sobre isso para as pessoas em geral, nós discutimos o assunto muitas e muitas vezes, ponderando sobre as necessidades e limitações do que é oferecer algo inicial para quem está chegando no movimento, querendo conhecer e entender mais.

Educação feminista à Distância: (re)construindo uma metodologia

Os processos educativos sempre constituíram elemento central da práxis feminista, tendo papel essencial no fortalecimento do próprio movimento feminista. Compreendendo o feminismo como prática política e pensamento crítico – que tem como centro de sua ação a instituição das mulheres como sujeito político (individual e coletivo) capazes de transformar a si mesmas e suas histórias e de transformar a história e condições de vida de outras mulheres –, as práticas e processos educativos são como o pilar da ação política feminista transformadora.