Realizamos duas Residências Libertárias Artivistas, em 2013 e 2014, em Brasília e no Ceará, respectivamente. Foram dois encontros que reuniram mulheres artistas e feministas, para a reflexão coletiva, a troca de experiências, o intercâmbio de conhecimento, a construção e realização de ações contraculturais feministas, antirracista e anticapitalista. Isso tudo a partir de diferentes estratégias artísticas, estéticas ou simbólicas e de variadas linguagens – teatro, música, vídeo, fotografia, poesia, performance, grafite e outras intervenções artísticas. 

Objetivos:

  • Promover debate e reflexão coletiva sobre artivismo no movimento feminista;
  • Dialogar sobre as tensões e potencialidades entre o artivismo e as experiências na pedagogia feminista.
  • Promover oficinas e experimentações estéticas entre as participantes.

Metodologia

Em um regime de imersão, foram propostas oficinas e diálogos mediados sobre temáticas relativas ao artivismo e à pedagogia feminista relacionada às ações artísticas. As residências tiveram como resultado várias produções artísticas coletivas como clipe, ensaio fotográfico, música, performance e outras.

Essa ação aproximou algumas artistas do movimento feminista, mas não gerou engajamento permanente. O encontro mostrou que a proposta era interessante em si mesma, e sua perspectiva libertária precisava inclusive de mais autonomia para se construir. Alguns vídeos produzidos vazaram para a internet e causaram riscos e preocupações para as participantes e  para as organizações promotoras. As tensões entre o artivismo e a militância dos movimentos pareciam apontar que precisaria ter um interesse prévio das artistas em ações organizadas coletivamente para que estas experiências tivessem mais fôlego.