Natasha Pitts *
Adital -No último sábado (27), um comunicado divulgado pelas Feministas em Resistência (FER) denunciou as incessantes perseguições a toda a população que continua rejeitando o golpe de Estado militar em Honduras e o governo, também golpista, de Porfio Lobo Sosa. Mesmo com os constantes atentados, as feministas asseguram que continuarão unidas e não vão desistir da luta.
Como prova das constantes perseguições às mulheres hondurenhas organizadas em grupos de resistência, no último dia 24, Erlinda Reyes e Alina Aguilar, integrantes do Sindicato de Trabalhadores da Universidade Nacional Autônoma de Honduras (SITRAUNAH) foram presas e levadas para o Tribunal de Letras do Penal da seccional de Tegucigalpa. Após isso, foram acusadas de praticar sedição, usurpação e coação e condenadas a prisão domiciliar. Pena que, após dois dias, foi modificada como se as acusadas fossem delinquentes comuns.
Ainda no comunicado, as Feministas em Resistência afirmaram que a poeta Rebeca Becerra foi novamente vítima de perseguição e intimidação. Rebeca afirma categoricamente que as ações são de responsabilidade do governo de Porfirio Lobo e a Secretaria de Segurança. Após ser abordada e intimidada às 3h30 da madrugada a poeta formalizou denúncia junto ao Comitê de Familiares Detidos e Desaparecidos de Honduras (COFADEH).
Pelo agravamento de situações como estas, as Feministas em Resistência pedem que organizações de mulheres do mundo todo apóiem a causa das hondurenhas e condenem todas as ações de perseguição às mulheres em resistência. Solicitam também o apoio de organizações internacionais para que sejam contidos os crimes contra as mulheres membros das comunidades LGBT.
A justiça hondurenha também é chamada a mudar de postura e investigar e punir todos os crimes que estão sendo cometidos contra a segurança das mulheres e de todos os cidadãos que não abrem mão de lutar por um país justo e voltado para o povo.
* Jornalista da Adital