Unifem
Encontro acontece entre 22 e 26 de março, no Rio de Janeiro, e vai discutir políticas públicas de gênero, raça e estratégias para a promoção de um espaço urbano inclusivo para as mulheres
Brasília (Brasil) – Tornar o espaço urbano inclusivo para homens e mulheres, negros e brancos. Esse é o tema em discussão no painel “Gênero, Raça – construção de um urbano mais inclusivo”, organizado pelo Programa Interagencial de Promoção de Gênero, Raça e Etnia durante o 5º Fórum Urbano Mundial, que acontece amanhã (23/3), das 16h30 às 18h30, no Rio de Janeiro.
São painelistas Schuma Schumaher, da AMB (Articulação de Mulheres Brasileiras), Epsy Campbell, representante da Rede de Mulheres Afro-Latinas, Afro-Caribenhas e da Diáspora, e Angela Fontes, coordenadora do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia. O debate terá mediação de Taís Santos, representante auxiliar do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), e vai abordar as categorias gênero, raça e etnia como estruturantes das relações sociais no contexto urbano.
O evento da rede terá a participação de integrantes do Comitê Gestor do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, composto pelo PNUD, OIT, ONU-HABITAT, UNICEF, UNFPA, e representantes do governo brasileiro, por meio das Secretarias Especiais de Políticas para Mulheres e de Promoção de Igualdade Racial. Pela sociedade civil, são aguardadas as presenças de representantes da Articulação de Mulheres Brasileiras e da Rede de Mulheres Afro-Latinas, Afro-Caribenhas e da Diáspora, além de pontos focais das agências das Nações Unidas.
Cidades e desigualdades de gênero e raça
No espaço urbano, as desigualdades de gênero e raça condicionam a concentração de populações específicas em bairros e determinam a qualidade dos serviços públicos, tais como saneamento público, escola, saúde, iluminação, transporte coletivo, entre outros. É esse debate que o Programa Interagencial de Promoção de Gênero, Raça e Etnia vai fomentar no evento, considerando o impacto das disparidades de gênero e raça para o desenvolvimento produtivo.
No espaço urbano, as desigualdades de gênero e raça condicionam a concentração de populações específicas em bairros e determinam a qualidade dos serviços públicos, tais como saneamento público, escola, saúde, iluminação, transporte coletivo, entre outros. É esse debate que o Programa Interagencial de Promoção de Gênero, Raça e Etnia vai fomentar no evento, considerando o impacto das disparidades de gênero e raça para o desenvolvimento produtivo.
A coordenadora do Programa, Angela Fontes, afirma que a atuação política das mulheres pode ser decisiva na criação de ambientes urbanos inclusivos. “A mulher deve participar nestas instâncias para que os projetos relacionados à promoção de um espaço urbano inclusivo tenham enfoque de gênero e raça e promovam crescimento pessoal a elas”, destacou. De acordo com a coordenadora, o estímulo à atuação da mulher em discussões sobre a construção deste espaço, por meio de sua participação nos conselhos municipais de saúde, educação, desenvolvimento urbano pode ser um ponto decisivo.
Promover o conceito de cidades inclusivas para as mulheres vai além de políticas que garantam infraestrutura adequada nos espaços públicos. Segundo especialistas, trata-se de respeitar os direitos de igualdade estabelecidos por lei. De forma geral, a questão se refere à participação política e ao empoderamento das mulheres nesse debate, influindo também nas suas condições socioeconômicas.
Políticas públicas
Para Angela Fontes, o maior desafio é construir estratégias de ação que compreendam a perspectiva de gênero nas questões raciais e a perspectiva de raça nas questões de gênero. “É importante pensar gênero e raça juntos – são duas situações que não há escolha, você nasce dentro de um contexto. Quando pensamos as reivindicações de gênero e de raça, percebemos que as mulheres se encontram em aspectos constituídos”.
A coordenadora do Programa Interagencial disse ainda que não é possível pensar em mulheres sem considerar as distinções e as discriminações a que são acometidas, como raça, etnia e classe social. “As mulheres sofrem discriminação duas vezes. Uma por ser mulher e outra por ser negra ou indígena, por exemplo. Logo, as políticas devem ser pensadas considerando o todo”, explica.
Para Angela Fontes, o maior desafio é construir estratégias de ação que compreendam a perspectiva de gênero nas questões raciais e a perspectiva de raça nas questões de gênero. “É importante pensar gênero e raça juntos – são duas situações que não há escolha, você nasce dentro de um contexto. Quando pensamos as reivindicações de gênero e de raça, percebemos que as mulheres se encontram em aspectos constituídos”.
A coordenadora do Programa Interagencial disse ainda que não é possível pensar em mulheres sem considerar as distinções e as discriminações a que são acometidas, como raça, etnia e classe social. “As mulheres sofrem discriminação duas vezes. Uma por ser mulher e outra por ser negra ou indígena, por exemplo. Logo, as políticas devem ser pensadas considerando o todo”, explica.
Gênero, Raça – construção de um urbano mais inclusivo – 5º Fórum Urbano Mundial
Data: 23 de março de 2010 (terça-feira)
Horário: das 16h30 às 18h30
Local: 5º Fórum Urbano Mundial Sala W-5 (Armazém 5 do Cais do Porto, localizado à Avenida Rodrigues Alves, 10, próximo à Praça Mauá) – Rio de Janeiro
Promoção: Programa Interagencial de Promoção de Gênero, Raça e Etnia