Marta Ferreira – Campo Grande News
O advogado criminalista René Siufi, que conseguiu hoje suspender o júri popular de quatro envolvidas no caso Neide Mota, fez críticas negativas hoje ao andamento do caso envolvendo funcionárias da clínica da médica falecida ano passado, acusadas de envolvimento em abortos clandestinos.
Siufi classificou como “hipocrisia” o ponto a que o caso chegou.
Segundo ele, a existência da clínica de aborto, por mais de 20 anos, era de conhecimento público. “O Judiciário sabia, o Ministério Público sabia, mas só foi feito algo quando a Rede Globo fez matéria”, acusou.
Em suas críticas, o advogado questionou o porquê de, em meio a dez mil fichas de mulheres que podem ter feito aborto na clínica, apenas 25 casos estão sendo considerados para o júri das 4 acusadas que seriam julgadas hoje. “Será que não tinha filha de autoridade no meio?”, indaga.
Para impedir o julgamento de sua cliente, a psicóloga Simone Aparecida Cantagessi de Souza, ao contestar a participação dos dois promotores que estão no caso desde o início, Luciana Jorge e Paulo Passos, por não atuarem na vara onde caso está correndo.
O promotor Paulo Passos criticou a manobra e disse que a defesa teve inúmeras oportunidades processuais para se manifestar, mas deixou para fazer isso agora, durante o julgamento, como forma de retardar o júri.
fonte: CCR