Caso raro no estado de Minas Gerais e ainda incomum no país, será julgado amanhã na cidade de Alfenas(MG) o dentista Fábio Ávila Nunes (25 anos) , por agressões contra sua ex-companheira, Marília Gomes Gouveia (24 anos), com quem teve dois filhos.
O fato, ocorrido em 2007, ficou caracterizado como tentativa de homicídio pela gravidade das agressões e lesões sofridas pela vítima e, por isso, vai a júri popular nesta terça-feira, dia 23 de fevereiro, às 9h, no fórum da cidade de Alfenas (MG).
Apesar de o agressor ter perfil e histórico violentos, foi preciso um esforço múltiplo para que o caso não fosse abafado e engavetado, já que o autor das agressões, com a influência de sua família, tentou por todos os meios e pressões fazer com que o caso fosse esquecido e apagado.
Assim, esperando contar com pressão social e cobertura da imprensa, pedimos que a justiça seja feita com a imparcialidade e seriedade, para que este crime não fique impune e possa servir de exemplo, contribuindo para coibir a violência contra as mulheres, mal ainda tão comum em nosso país.
Basta de violência! Nossos filhos e nossas famílias não precisam mais sentir medo!
ONG Laço Solidário e do Projeto PAVVIO.
lacosolidario@yahoo.com.br
CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR PEDE QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA EM ALFENAS
CDD/BR recebeu a informação da ONG Laço Solidário de que no dia 23 de fevereiro, 9h, no fórum local, ocorrerá o primeiro julgamento de violência doméstica por júri popular na cidade de Alfenas (MG). O caso vai a júri popular, pois, segundo as informações da ONG, as agressões foram tão severas que o caso foi enquadrado como tentativa de homicídio.
Vimos a público pedir que o julgamento seja imparcial, que a posição social do agressor não se interponha à justiça, que deve ser feita de modo exemplar.
Lembramos que a violência contra as mulheres é ainda um dos piores sintomas da desigualdade de gênero que ocorre em nosso país, fazendo milhares de vítimas por todos os recantos do Brasil. As mulheres agredidas não apenas têm seus corpos marcados e sua integridade física violada, mas especialmente são emocionalmente atingidas de forma profunda, impedindo, muitas vezes, que o curso de sua vida siga normalmente, haja vista que o medo constante causa uma baixa na auto-estima e, muitas vezes, depressão.
Pedimos que a justiça seja implacável no caso de Alfenas, pois somente rompendo o ciclo de violência – silêncio – impunidade é que novos casos serão evitados e a violência contra as mulheres será efetivamente erradicada de nosso país.
Atenciosamente,
Católicas pelo Direito de Decidir
www.catolicasonline.org.br