MÁRCIO FALCÃO, NATUZA NERY e ANA FLOR – Folha de S.Paulo
A presidente eleita, Dilma Rousseff, anunciou nesta segunda-feira a indicação de sete novos ministros.
Na Saúde, foi confirmado o médico infectologista Alexandre Padilha, que atualmente ocupa a Secretaria das Relações Institucionais.
Já a artista Ana de Hollanda, irmã do compositor Chico Buarque, foi indicada para comandar o Ministério da Cultura.
De acordo com nota da assessoria de Dilma, Orlando Silva (PC do B) permanecerá à frente do Ministério do Esporte.
Outras duas mulheres foram anunciadas hoje: a socióloga Luiza Bairros para a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; e Tereza Campelo, economista e mulher do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, para o Ministério do Desenvolvimento Social.
Para o Ministério das Cidades, o indicado é Mário Negromonte.
A nota também confirma a permanência no cargo do atual advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams.
“A presidenta eleita orientou-os a trabalhar de forma integrada com os demais ministérios para dar cumprimento a seu programa de desenvolvimento com distribuição de renda, de forma a promover os avanços que vão assegurar a melhoria de vida de todos os brasileiros”, diz a nota divulgada na tarde de hoje.
Com os anúncios, Dilma apresenta 30 integrantes do seu primeiro escalão.
A petista ainda precisa confirmar os ministros da CGU (Controladoria-Geral da União), Integração Nacional, Portos, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, a Secretaria de Relações Institucionais e Desenvolvimento Agrário. A expectativa é de que a conclusão do ministério dilmista ocorra até quarta-feira.
Ministros já confirmados
PT
Guido Mantega (Fazenda)
Alozio Mercadante (Ciência e Tecnologia)
Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral)
José Eduardo Cardozo (Justiça)
Antonio Palocci (Casa Civil)
Paulo Bernardo (Comunicações)
Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio)
Miriam Belchior (Planejamento)
Ideli Salvatti (Pesca)
Maria do Rosário (Direitos Humanos)
Fernando Haddad (Educação)
Alexandre Padilha (Saúde)
Luiza Bairros (Igualdade Racial)
Tereza Campelo (Desenvolvimento Social)
PMDB
Wagner Rossi (Agricultura)
Pedro Novais (Turismo)
Garibaldi Alves (Previdência)
Edson Lobão (Minas e Energia)
Moreira Franco (Secretaria de Assuntos Estratégicos)
Nelson Jobim (Defesa) – Cota pessoal
PR
Alfredo Nascimento (Transportes)
PDT
Carlos Lupi (Trabalho)
PP
Mário Negromonte (Cidades)
PC do B
Orlando Silva (Esporte)
Sem filiação partidária
Alexandre Tombini (Banco Central)
Helena Chagas (Comunicação Social)
Antonio Patriota (Relações Exteriores)
Izabella Teixeira (Meio Ambiente)
Ana de Hollanda (Cultura)
Luís Inácio Lucena Adams (Advocacia-Geral da União)
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Dilma divulga nova lista de ministros e coloca Alexandre Padilha na Saúde
Nomes foram divulgados em nota pela assessoria da presidente eleita.
Orlando Silva será mantido no Ministério dos Esportes.
A presidente eleita Dilma Rousseff oficializou nesta segunda-feira (20) a indicação de sete nomes que passarão a integrar o governo a partir de 2011. A lista inclui seis ministros e também o indicado para ocupar a Advocacia Geral da União (AGU). O anúncio foi realizado através de nota divulgada pela assessoria da equipe de transição no começo da noite.
Os nomes dos novos ministros são:
Alexandre Padilha – Ministério da Saúde
Ana de Hollanda – Ministério da Cultura
Tereza Campello – Ministério do Desenvolvimento Social
Mário Negromonte – Ministério das Cidades
Luiza Helena de Bairros – Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial.
Orlando Silva Jr. – Ministério do Esporte
Luís Inácio Lucena Adams – Advocacia Geral da União (AGU)
Com a divulgação dos sete nomes, Dilma confirma a permanência dos ministros Padilha, que deixa a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, e Orlando Silva, que seguirá nos Esportes. Uma das novidades é Ana de Hollanda, irmã do cantor Chico Buarque.
Reuniões
A presidente eleita esteve durante o dia em reuniões de trabalho. Pela manhã, Dilma esteve com os três comandantes das Forças Armadas: Enzo Peri (Exército), Julio Soares Neto (Marinha) e Juniti Saito (Aeronáutica). A assessoria da equipe de transição não confirmou se a reunião tinha como objetivo debater mudanças no comando das forças.
Antes do almoço, a presidente eleita recebeu no Centro Cultral Banco do Brasil (CCBB) o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Depois de uma conversa rápida, o ministro disse que não poderia confirmar indicações de ministros. Dilma passou a tarde na residência oficial da Granja do Torto. A assessoria do governo do transição não confirmou nenhuma agenda oficial.
Outros ministros
O anúncio anterior havia sido realizado na quarta-feira (15):
– Antonio Patriota (sem partido) (Relações Exteriores)
– Nelson Jobim (PMDB): Defesa
– Fernando Pimentel (PT): Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
– Aloizio Mercadante (PT): Ciência e Tecnologia
Na quarta-feira (8), outros dez ministros tinham sido anunciados:
– Edison Lobão (PMDB-MA): Ministério das Minas e Energia
– Wagner Rossi (PMDB-SP): Ministério da Agricultura
– Pedro Novais (PMDB-MA): Ministério do Turismo
– Garibaldi Alves (PMDB-RN): Ministério da Previdência
– Moreira Franco (PMDB-RJ): Secretaria de Assuntos Estratégicos
– Ideli Salvatti (PT-SC): Ministério da Pesca
– Maria do Rosário (PT-RS): Secretaria de Direitos Humanos
– Paulo Bernardo (PT-PR): Ministério das Comunicações
– Alfredo Nascimento (PR-AM): Ministério dos Transportes
– Helena Chagas (sem partido): Secretaria de Comunicação Social
No último dia 3, a equipe de transição de governo informou os nomes dos ministros que vão compor o chamado “núcleo palaciano”, todos integrantes da coordenação da campanha eleitoral de Dilma Rousseff:
– Antonio Palocci (PT-SP): Casa Civil da Presidência
– Gilberto Carvalho (PT-SP): Secretaria-Geral da Presidência
– José Eduardo Cardozo (PT-SP): Ministério da Justiça
O primeiro bloco de ministros oficializado pela presidente eleita reuniu os integrantes da equipe econômica:
– Guido Mantega (PT-SP): Ministério da Fazenda
– Miriam Belchior (PT-SP): Ministério do Planejamento
– Alexandre Tombini (sem partido): presidência do Banco Central
Cantora e irmã de Chico Buarque, Ana de Hollanda assume ministério
Nova ministra da Cultura foi diretora do Centro de Música da Funarte.
Chico Buarque declarou apoio a Dilma Rousseff durante eleição.
Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e irmã do cantor Chico Buarque, Ana Maria Buarque de Hollanda foi escolhida pela presidente eleita, Dilma Rousseff, para comandar o Ministério da Cultura.
Ela trabalhou no Centro Cultural São Paulo, da Secretaria Municipal de São Paulo, de 1982 a 1985, e chefiou o setor de música do órgão. Foi também Secretária de Cultura do Município de Osasco, entre 1986 e 1988, e diretora do Centro de Música da Funarte, entre 2003 e 2007.
Nascida em 12 de agosto de 1948, no Rio de Janeiro, estreou nos palcos aos 16 anos, acompanhando o irmão Chico Buarque, como integrante do quarteto As Quatro Mais, no show “Primeira Audição”. Em sua carreira, além de três discos próprios, tem participações em discos de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho e Miúcha.
Como atriz, participou de vários espetáculos, entre eles “O Reino Deste Mundo”, dirigido por Amir Haddad. Escreveu, em parceria com a dramaturga Consuelo de Castro, a peça “Paixões Provisórias” e em 1993 participou do musical “Nunca Te Vi, Sempre Te Amei”.