Julgamento de liminar que deu liberdade a Roger Abdelmassih é adiado

Do R7

Sessão da 2ª turma pode acontecer na próxima terça-feira, informou o STF

 

 

O julgamento da liminar que permitiu que o médico Roger Abdelmassih aguardasse julgamento em liberdade foi adiado, nesta terça-feira (30), para a próxima semana, segundo a assessoria de imprensa do STF (Supremo Tribunal Federal).

O pedido de habeas corpus foi concedido em dezembro do ano passado pelo ministro Gilmar Mendes e permitiu que o especialista em reprodução assistida, preso sob a acusação de ter praticado 56 crimes sexuais contra 37 ex-pacientes, passasse o Natal com a família.

Segundo o STF, o ministro Joaquim Barbosa pediu vistas do processo antes de julgar a liminar que concedeu liberdade a Abdelmassih. O julgamento pode acontecer na próxima terça-feira (30), dia da semana em que há sessões da 2º turma.

No dia 23 deste mês, a Justiça condenou a 278 anos de prisão o especialista em reprodução in vitro por estruprar e tentar violentar as ex-pacientes.

Relembre o caso

O Ministério Público Estadual acusou Abdelmassih de ter cometido 52 estupros e quatro tentativas contra 39 mulheres. A maioria delas é paciente da clínica especializada em reprodução assistida do médico. As investigações começaram em 2008 depois que uma ex-funcionária dele procurou o Ministério Público para relatar que o médico teria tentado beijá-la à força.

Em 17 de agosto do ano passado, Abdelmassih foi preso pela polícia. Ele passou quatro meses detido na Penitenciária de Tremembé até ser solto, às vésperas do Natal de 2009, por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF.

Mais de 200 pessoas foram ouvidas no curso da ação penal contra o médico, entre vítimas e testemunhas de defesa e de acusação. O processo soma cerca de 10 mil páginas. A defesa de Abdelmassih tentou mostrar que os abusos relatados pelas pacientes eram resultado de alucinações desencadeadas pelo uso de um sedativo.

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