A campanha inaugurou uma nova fase da Universidade Livre Feminista em 2014, acompanhando um novo programa de atividades e cursos. O lançamento da campanha aconteceu junto ao lançamento da primeira edição do curso “Feminismo Com Quem tá Chegando” de forma a apoiar a divulgação do curso. 

Objetivos

  • Colher depoimentos sobre o que as mulheres aprenderam com o feminismo.
  • Compreender o que mulheres feministas ao longo da história aprenderam com o feminismo.
  • Elaborar materiais de divulgação a partir dos depoimentos e dos resgates históricos que incentivassem mulheres a se aproximarem do feminismo.

Metodologia

A campanha teve um caráter colaborativo, onde as participantes enviaram imagens e depoimentos contando para gente o que aprenderam com o feminismo. Os depoimentos foram veiculados nas redes sociais e incorporados nos materiais pedagógicos. Outra forma de participar da campanha era fazendo postagens nas redes sociais, utilizando hashtag #feminismohoje.

Foto de Adrienne Rich, mulher branca com cabelos curtos, com filtro roxo. Sobre a foto, lê-se: O fato mais notável que a nossa cultura imprime nas mulheres é o sentido de nossos limites. A coisa mais importante que uma mulher pode fazer por outra é iluminar e expandir seu sentido de possibilidades reais.

Com Adrienne Rich aprendemos que nossa militância feminista e sexual pode ser parte da nossa poesia.

Adrienne Rich (1929 – 2012) foi feminista, poetisa, ativista lésbica, professora e escritora dos Estados Unidos. Judia, engajou-se na luta contra a ocupação dos territórios palestinos. Em 1997 recebeu o National Medal for the Arts, o maior prêmio atribuído a artistas, mas recusou.



Lélia criticou o feminismo ocidental-branco por acreditar que este negava toda uma história feita de resistências e de lutas das mulheres negras. Com Lélia aprendemos a construir cotidianamente um feminismo antirracista, capaz de reconhecer suas diferenças.

Lélia Gonzalez (1935 – 1994) foi uma intelectual, política, professora, filósofa e antropóloga brasileira. Foi pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, do Movimento Negro Unificado e do Olodum.

Foto de Lélia Gonzalez, uma mulher negra com coque. Sobre a foto, lê-se: “Como todo mito, o da democracia racial oculta algo para além daquilo que mostra. Numa primeira aproximação, constatamos que exerce sua violência simbólica de maneira especial sobre a mulher negra.”
Desenho sobre papel. Diversas ilustrações mostrando o corpo de uma mulher, com os dizeres: Se meu corpo é a minha casa, que eu pinte as paredes, reboque os tijolos, traga visitas e apague as luzes”

“O que eu aprendi com o feminismo? Estou sempre aprendendo… A responsabilidade não consiste em apenas fazer coisas. […] O feminismo promoveu a maior revolução que a humanidade já viveu e está a viver, a revolução sexual. O feminismo ainda faz sentido, os espaços de liberdade não estão assegurados e nem ao menos sabemos como analisar esse fenômeno cíclico a que chamamos feminino, que vai e vem, que nos deu o voto e o direito à educação; à algumas deu o direito ao seu corpo, à outras um pouco de dignidade ou à consciência de ser. E a todas, talvez, a única satisfação de reconhecer-nos numa experiência ao mesmo tempo diferente e comum de viver no feminino”.
Por Elenara, em postagem no facebook.

“Nada é mais fácil por ser mulher como se reproduz por aí. precisamos construir redes político-afeitvas para transformar a sociedade em que vivemos. somos muitas, nossa arte liberta. por nós, pelas outras, por mim”.

Mari Brittes, artivista feminista, em postagem no facebook.

Com Audre Lorde a gente aprendeu sobre a solidariedade entre as lutas das mulheres! Lorde inspira mulheres em todo o mundo a continuar lutando.

Audrey Geraldine Lorde (1934 – 1992) foi uma escritora e poeta feminista e lésbica. Norte-americana de descendência caribenha, Lorde é reconhecida por seu ativismo pelos direitos civis e homossexuais.

“Eu aprendi com o feminismo que nós, juntas, podemos transformar o mundo”

Carmen Silva integra a equipe do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia, e é militante da Articulação de Mulheres Brasileiras.

Com Emma Goldman aprendemos que o prazer e a alegria fazem parte da nossa luta e é possível fazer revolução dançando!

Emma Goldman (1869-1940) foi uma anarquista lituana, que ficou conhecida por seu ativismo, seus escritos políticos e por suas conferências que reuniam milhares de pessoas nos Estados Unidos.

“O feminismo me ensinou que minha lesbianidade não é só resistência, mas uma possibilidade de pensar em formas de aliança entre mulheres”.

Elisa Gargiulo usa o rock divulgar a mensagem feminista.
Assim como ela, diversas outras mulheres manifestam o seu feminismo através da música ou das outras expressões artísticas.

“Aprendemos com o feminismo que ate as flores se tornam instrumentos de luta nas mãos de quem ousa sonhar com um mundo mais justo”

A Marcha das Margaridas é uma ação do movimento de mulheres campesinas, que se articula na luta pelos direitos das mulheres do campo.

“(…) Com o feminismo, aprendi que não estou sozinha, que tem muita gente pelo mundo nessa luta. O feminismo é um constante aprendizado, tanto da vivência de outra mulheres como a constante conscientização das pessoas a nossa volta: seja na faculdade, trabalho, etc. (…)”.

Veronica Kobi, em depoimento no facebook.

“Corpo leve, verbo solto. Que assim seja, não somente hoje, mas em todos os dias de nossa existência”.

Stephanie, coletivo Baderna, em depoimento no facebook.

“Eu aprendi tanta coisa, sobretudo sobre mim mesma! Eu aprendi a me ler, a me conhecer e a me melhorar. […] Hoje eu vivo mais, eu amo mais, eu choro mais, eu me revolto mais, eu me estresso mais, eu rio mais, eu ajudo mais, eu entendo mais, eu me canso mais, eu gozo mais, eu acredito mais, eu corro mais, eu quero mais”.

“Eu aprendi com o feminismo a ser livre. Exercer minha liberdade provoca minhas iguais a se libertarem também”.

Cleudes Pessoa, Casa Viva do Paranoá (DF), em depoimento no facebook.

“A masculinidade é um privilégio que precisa ser destituido”

Rodolfo Godoi é um dos caras que topou participar da nossa campanha. Aqui na Universidade Livre Feminista, nós acreditamos que é importante construir espaços exclusivos para as mulheres, mas que o feminismo é para todes!

“O feminismo me ensinou a lutar por respeito, justiça e paz”.

Leila Rebouças, em depoimento no facebook.

Aprendemos com bell hooks que o feminismo é libertador para todos, homens e mulheres. Um dos seus livros mais conhecidos, “Feminismo é para todo mundo”, é um convite para as pessoas conhecerem melhor o feminismo, sem perder de vista seus desafios e sua perspectiva revolucionária.

bell hooks (Gloria Jean Watkins, 1952-2021), escritora, professora e intelectual negra insurgente com inúmeros livros publicados sobre pedagogia, feminismo e transformação social.

Virginia Woolf ensinou, através da sua ficção, o que é ser mulher – e o que feminismo representa para nós mesmas.

Adeline Virginia Woolf (1882 – 1941) foi uma escritora, ensaísta e editora britânica.