Dourados Agora (MS) – 18 de novembro de 2009
A cada quatro meninas uma já foi vítima de violência sexual antes de completar 18 anos, enquanto a cada 10 meninos um já sofreu abuso em todo o mundo.
Esses dados foram apresentados pelo procurador da Justiça, Paulo Prado, responsável pela Promotoria de Infância e Juventude durante o encontro das primeiras-damas mato-grossenses.
Estima-se que no Brasil 165 crianças ou adolescentes sofrem abuso sexual por dia ou a cada sete horas. A maioria das vítimas são meninas entre 7 e 14 anos.
Os dados estão na cartilha Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes Denuncie , realizada pelo Ministério Público do Estado e Assembleia Legislativa, por meio da Sala da Mulher.
Paulo Prado disse que não adianta querer falar do assunto de uma forma mais tranquila, por isso é preciso usar uma linguagem verdadeira e que mostre a realidade.
Não dá mais para esconder esses fatos. É vergonhoso e nojento. A campanha promovida pelo MPE e Sala da Mulher é para aqueles que estão indignados. É preciso que todos enfrentem essa situação , declarou.
Os casos de pedofilia são inúmeros e cada vez mais bárbaros. O maior problema, segundo Paulo Prado, é a omissão por parte dos pais, que muitas vezes sabem ou desconfiam, mas nada fazem. Além disso, as crianças se sentem coagidas, já que muitas vezes o agressor é alguém próximo da família e responsável pelo sustento.
Prado anunciou que foi realizado um trabalho com 300 universitários voluntários que irão trabalhar o assunto em Centros Comunitários e alertar para a gravidade do problema. Emotivo, o procurador alertou para a necessidade de amar e respeitar o próximo.
Se não houver perdão, amor e compromisso, não há como reverter esse quadro , afirmou convocando todas as primeiras-damas e a sociedade em geral para combater a pedofilia.
Até há pouco tempo, o abuso sexual de crianças e adolescentes era um assunto proibido na sociedade, porém com o número alarmante de casos, esse tabu vem sendo quebrado.
A pedofilia tem ocorrido em tão expressiva quantidade que já é considerado um problema de saúde pública, devido aos sérios prejuízos causados às vítimas, menores indefesos, principalmente no aspecto psicológico, social e legal.fonte: Olhar Direto
Fonte: protejaavida.wordpress.com/