Trecho do artigo de Carmen Silva, da Coletiva Dinamizadora da Universidade Livre Feminista, no site do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia. Para ler artigo completo, clique aqui.
‘Fora Cunha!’ não se refere só ao presidente da Câmara dos Deputados, mas também a todos aqueles que o seguem e que querem fazer deste país um território do fascismo, parte deles acampada em frente ao Congresso e parte do lado de dentro. O confronto nos fez sofrer. Queríamos terminar a Marcha com músicas, gritos, cores e danças afirmando a força de nossa cultura ancestral e de nossos sonhos de bem viver, mas queríamos fazer isso no centro físico do poder político. Não foi possível. O confronto demonstrou tudo que denunciamos nas nossas lutas cotidianas: os homens brancos, proprietários e de direita sabiam muito bem o que estavam fazendo. Não havia tresloucados. O que vimos e sofremos foi uma forma sintetizadora do poder que eles exercem sobre as nossas vidas no dia-a-dia. Mas nós provamos que existimos e resistimos. E os obrigamos a recuar. A Marcha de Mulheres Negras é razão de orgulho para o movimento feminista. 18 de novembro será, para sempre, em nossa memória, o dia em que as mulheres negras, com a força da energia com a qual tocamos a vida pra frente, expulsamos do cenário a direita fascista que quer se impor sobre a democracia brasileira, ainda que falte muito ainda para que esta democracia nos represente. Este ano, com a Marcha das Margaridas, a Primavera Feminista e a Marcha das Mulheres Negras, iluminamos a cena do campo político dos movimentos sociais e estamos ajudando a construir as pontes para o seu fortalecimento.
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