Folha Universal
Conheça os absorventes laváveis e reutilizáveis que começam a ganhar espaço entre as mulheres preocupadas com a natureza
Você conhece os abiosorventes? Em tempo de consciência ambiental e preocupação com o que consumimos e o que deixamos de lixo no planeta, eles ganham cada dia mais adeptas e defensoras.
Abiosorventes são absorventes ecológicos, feitos de pano, laváveis e reutilizáveis, além do novo Mooncup, um absorvente interno de formato parecido a um copinho de silicone, também lavável e reutilizável, que tem vida útil de 10 anos.
Eles podem ser menos práticos, mas em compensação não agridem o meio ambiente como os práticos absorventes descartáveis.
Barbara Bolzani, terapeuta corporal e distribuidora dos dois modelos em São Paulo, explica que usa os abiosorventes há alguns anos e, além de ter a consciência limpa com a natureza, aprendeu a conhecer seu corpo e seu ciclo menstrual: “É preciso quebrar o mito de que o sangue menstrual é algo sujo, ruim.”
Ela garante que nenhum dos dois modelos deixa cheiros e que, após um período de adaptação, não vazam ou provocam qualquer acidente, além de serem antialérgicos e higiênicos.
“É claro que a mulher tem um trabalho a mais, que é o de higienizar os absorventes, mas acho que é uma questão de escolha pelo que te faz bem”, opina Barbara.Os abiosorventes de pano podem ser encontrados à venda em blogs, são feitos artesanalmente e vendidos em kits com três unidades por cerca de R$ 40.
São compostos por uma base de tecido e por toalhinhas que podem ser trocadas ao longo do dia e depois lavadas.
Já o MoonCup, copo de silicone que se adapta internamente e deve ser tirado e recolocado sempre que necessário ao longo do dia, custa R$ 75.
Se você estranhou as opções e já rejeitou a possibilidade, Barbara traz alguns números para reflexão: “Em seu ciclo reprodutivo, cada mulher utiliza entre 10 mil e 15 mil absorventes descartáveis, que vão para o lixo, poluindo a natureza.
Eles demoram cerca de cem anos para se decompor. Isto significa que, por ano, no mundo, se jogam fora aproximadamente 432 bilhões de absorventes no lixo, cerca de 13,7 mil por segundo”. (A.D.)