Reforma para ampliar atuação da mulher na política

luiza-erundina4Mônica Montenegro/Rádio Câmara –  Agência Câmara

A bancada feminina da Câmara apoia a proposta da nova ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, de acelerar a discussão da reforma política no Congresso com a inclusão de mecanismos que ampliem a participação feminina no poder. Iriny, ex-deputada federal e ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, diz esperar que a eleição da presidente Dilma Rousseff contribua para agilizar o debate do tema no Parlamento.

“Vai e vem eleição e continuamos com um número insignificante de presença feminina, e a reforma política é extremamente importante para essa questão”, ressalta a ministra. “É necessária a presença das mulheres nos partidos, e para isso precisamos ter um sistema de listas com nomes alternados masculinos e femininos e principalmente recursos. As campanhas estão cada vez mais milionárias e as mulheres não conseguem competir”, acrescenta.

Cotas para mulheres

A coordenadora da bancada feminina, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), também defende mudanças no sistema atual, que já garante, por meio da Lei 12.034/09, um percentual de vagas para mulheres nos partidos políticos.

“Antes dessa lei a regra não era cumprida e não acontecia nada, porque não estava prevista sanção aos partidos que não cumprissem a reserva de 30% de vagas para mulheres nas chapas que disputam as eleições. Agora, se o partido não preencher esse número de candidaturas de mulheres ele não pode registrar sua chapa”, lembra Erundina. “Isso já foi um avanço, mas mesmo assim nas últimas eleições os partidos não conseguiram cumprir essa determinação legal”, lamenta.

De acordo com Erundina, ainda faltam iniciativas de capacitação política voltadas às mulheres, e esse incentivo precisa vir também da família, da escola e demais instituições. Apesar de tantas críticas ao sistema atual, Erundina vê avanços, que, segundo ela, devem se aprofundar com a presença de uma mulher na Presidência da República.

Reportagem – Mônica Montenegro/Rádio Câmara

Edição – João Pitella Junior

 

fonte: INESC

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