BRUNO TRINDADE – O TEMPO – MG
Funcionário, que estaria “acima de suspeitas”, foi preso em flagrante
Um auxiliar de serviços gerais foi preso na tarde de ontem, após ser flagrado abusando sexualmente de uma menina de apenas 9 anos, na escola onde trabalhava, no bairro Piratininga, região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Mães de alunos flagraram o suspeito obrigando a menina a fazer sexo oral nele e, revoltadas, ligaram para a diretora, que acionou a polícia.
Segundo informações do Boletim de Ocorrência, Vicente Geraldo Pereira, 56, levou a criança para a escadaria que dá acesso à entrada da escola. Pais e mães que esperavam pela saída dos filhos viram, pelo buraco entre o portão e o muro, o suspeito abusando da menor. Segundo eles contaram à polícia, Pereira estaria com o órgão genital para fora da calça, se esfregando e acariciando a vítima.
O auxiliar de serviços alegou à polícia que apenas tinha permitido que ela brincasse com algumas chaves que ele carregava. O suspeito, no entanto, foi preso em flagrante e levado para a 3ª Delegacia de Plantão de Venda Nova, de onde foi encaminhado para o Ceresp São Cristóvão.
Uma funcionária da escola, que preferiu não ser identificada, afirmou que Pereira trabalhava no local há aproximadamente uma década e que seria uma pessoa acima de qualquer suspeita. Ela disse ainda que a escola nunca registrou outros casos de violência e que o fato ocorrido ontem foi “isolado”. A direção da escola não quis se manifestar, mas informou que tomaria as providências necessárias.
Sem suspeitas. Segundo o psicólogo Alexandre Rocha Araújo, coordenador do Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil (PAIR) e conselheiro do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais, o praticante da violência sexual geralmente não apresenta transtornos ou distúrbios psicológicos. “A violência sexual costuma ser cometida por pessoas próximas das crianças, que elas confiam e que não despertam suspeitas”, explica o psicólogo.
Publicado em: 15/07/2010