Zero Hora (14/12/2010)
Para acelerar o fechamento da cota feminina na Esplanada, a presidente eleita, Dilma Rousseff, convidou Maria Lúcia de Oliveira Falcón, atual secretária de Planejamento de Sergipe, para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com isso, pode chegar a 11 o número de mulheres no primeiro escalão.
No fechamento do xadrez, Dilma tenta convencer o PT do Nordeste a aceitar uma paulista com carreira no Rio Grande do Sul – Tereza Campello – no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Tudo para cumprir a promessa de campanha de compor 30% do ministério com mulheres.
A pasta que cuida do Bolsa-Família era a primeira da lista de cargos pretendidos pelos governadores nordestinos, mas Dilma preferiu desviar a indicação dos aliados para o MDA.
Tereza Campello é coordenadora de projetos estratégicos da Casa Civil, mas líderes aliados e governadores nordestinos não se conformam em perder para o Rio Grande do Sul o ministério do Bolsa-Família que tem a cara do Nordeste.
A Bahia queria comandar o MDS em nome do 1,6 milhão de famílias atendidas pelo principal programa da pasta. Dilma contra-argumentou, lembrando que outras 600 mil famílias baianas vivem da agricultura familiar, totalizando 2,4 milhões de pessoas diretamente atendidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Outra mulher que é forte candidata ao ministério é a gaúcha com carreira na Bahia Luiza Bairros, cotada para a Secretaria de Igualdade Social.