Folha de S.Paulo
Não saber a diferença entre exame ginecológico e Papanicolaou, achar que não é necessário ir ao médico quando não há sintomas e ter feito laqueadura são fatores de risco para câncer de colo do útero, segundo uma pesquisa da Fundação Antônio Prudente e do Hospital A.C.Camargo.
A farmacêutica especialista em oncologia Andrezza Viviany Lourenço entrevistou 178 pacientes do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, e do Hospital de Câncer de Barretos (interior paulista). Parte delas tinha lesões precursoras do câncer de colo do útero, isto é, tinha feito exames preventivos e detectado a doença no estágio incial. As demais já tinham a doença no estágio avançado.
De acordo com a farmacêutica, a falta de informação sobre a importância dos exames foi igual para as mulheres que estavam se tratando no hospital público, de Barretos, e no privado, o A.C. Camargo.
Os principais fatores de risco encontrados pela pesquisadora foram idade igual ou acima de 35 anos, não saber a diferença entre o Papanicolaou (exame que usado para detectar o problema) e o exame ginecológico, não ver importância na realização de exames, ter feito laqueadura –e, por isso, não usar mais camisinha–, não ter sintomas e achar não ser necessário ir ao médico.
Por outro lado, mulheres que já tinham tratado qualquer outra doença sexualmente transmissível tiveram menos risco de deixar a doença se desenvolver até o estágio avançado. “Durante o tratamento, a mulher começa a se cuidar melhor”, afirma Lourenço.