Nathalia Passarinho – Do G1, em Brasília
Paulo Bernardo confirma Miriam Belchior no Planejamento. Ele disse ainda que foi convidado para fazer parte do novo governo. Ministro afirmou, contudo, que cargo que ocupará ainda não foi definido.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira (24) que recebeu um convite da presidente eleita, Dilma Rousseff, para fazer parte do novo governo. Ele afirmou que aceitou compor a equipe ministerial, mas disse que o cargo ainda não foi definido. “Ela me fez um convite para permanecer no governo, mas foi um convite genérico. Ela tem um tabuleiro para montar com as peças e precisa completar o Lego primeiro”, disse.
Bernardo também confirmou que a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Míriam Belchior, será a nova ministra do Planejamento. “Conversei com a presidente e ela me informou das escolhas. A Miriam vai para o Planejamento.”
Dilma deve anunciar nesta quarta a equipe econômica do futuro governo. A expectativa é de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, permaneça no cargo. Já a presidência do Banco Central deve ficar com o diretor de Normas do BC, Alexandre Tombini.
Mantega e Belchior têm participado de reuniões com Dilma na Granja do Torto, onde a presidente está residindo durante o período de transição. Nesta terça (23), o ministro da Fazenda se reuniu durante mais de duas horas e meia com a futura governante. Foi o terceiro encontro dele com Dilma em cinco dias. Belchior esteve na Granja do Torto na segunda (22).
Nesta manhã, presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, confirmou que está deixando o comando da autoridade monetária no fim deste ano.
“Acredito que um profissional deve iniciar e concluir sua missão na hora certa. Regras de boa prática de governança de BCs aconselham de que um presidente de BC não fique mais do que dois mandatos. No Brasil, coincide com mandato do presidente da República. É o momento adequado para encerrar a missão. Estou feliz, gratificado e realizado”, declarou Meirelles a jornalistas.
Dilma diz que escolha da equipe econômica tem objetivo de continuidade
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta eleita, Dilma Rousseff, justificou, por meio de nota oficial, a escolha de sua equipe econômica como uma forma de assegurar a continuidade da política econômica desenvolvida durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A nota confirma a indicação do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, para permanecer a frente da pasta e o convite a Miriam Belchior, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para assumir a pasta do Planejamento.
A nota também confirma o atual diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, para a presidência da Banco Central. A indicação de Tombini terá que ser submetida ao Senado Federal para aprovação.
“A presidenta eleita determinou que a nova equipe assegure a continuidade da bem sucedida política econômica do governo Lula – baseada no regime de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal – e promova os avanços que levarão o Brasil a vencer a pobreza e alcançar o patamar de nação plenamente desenvolvida”, diz a nota oficial divulgada há pouco.
Edição: Fernando Fraga
Miriam Belchior quer melhorar a qualidade dos gastos públicos e de serviços
Publicação: 24/11/2010 17:30 Atualização:
Miriam ressaltou que o país precisa recuperar a tradição de planejamento e citou exemplos bem-sucedidos no governo Lula na área social, como as políticas de distribuição de renda, e a política de infraestrutura, cuja principal ação é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que ela coordenou.
A futura ministra lembrou seu trabalho na prefeitura de Santo André e ressaltou que tem experiência e gestão de gastos. “Vivi a experiência concreta de enfrentar a situação de que os recursos são inferiores às necessidade. Esse é um desafio permanente em qualquer esfera de governo”.
Entre as prioridades, Miriam citou a erradicação da miséria, a melhoria de qualidade dos serviços prestados nas áreas de educação, saúde, segurança e combate a drogas, além dos “investimento para o país continuar crescendo”.
“É possível fazer mais com menos e é isso que vamos perseguir nos quatro anos do governo da presidente Dilma”.
Em relação a melhoria da gestão pública, Miriam ressaltou a necessidade de uma gestão centrada em resultados, com o estabelecimento de metas e fortalecimento das ouvidorias.