REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA EFE
A ativista, ganhadora do Nobel da Paz em 1991, cumpria pena de prisão domiciliar em Yangon
Logo que recebeu autorização para deixar sua casa, Aung San Suu Kyi foi ao portão comemorar a libertação com cerca de três mil seguidores que cercavam sua residência
A líder do movimento democrático em Mianmar, Aung San Suu Kyi, foi libertada neste sábado (13). Ela cumpria pena de prisão domiciliar de 18 meses. Dos últimos 21 anos, Suu Kyi passou 15 presa. A “Dama”, como é conhecida por seus partidários da Liga Nacional pela Democracia (LND) – partido de oposição dissolvido pelo governo militar -, apareceu com um vestido lilás na porta de sua casa, onde três mil seguidores a aguardavam para celebrar sua libertação.
O aparecimento público de Suu Kyi, de 65 anos, vencedora do Nobel da Pazem 1991, ocorreu minutos depois de ela ter recebido a autorização para deixar sua casa. Na sexta-feira (12), havia grande expectativa em torno da possibilidade da soltura ser antecipada em um dia. Porém, Suu Kyi retardado sua saída negociando a libertação sem restrições. Ela não aceitaria condições para a sua liberdade, como limitações às viagens.
Generais governam Mianmar desde 1962. Em 1990, a LND conseguiu uma esmagadora vitória nas urnas, mas o resultado foi anulado e a repressão à oposição aumentou, com a prisão de Suu Kyi. No domingo (7), ocorreram as primeiras eleições em duas décadas, com vitória dos governistas, sob acusações de fraude.