Da Agência Brasil
Brasília – Parteiras tradicionais, profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), representantes de organizações não governamentais e gestores públicos de vários estados discutem nesta semana em Brasília a política de inclusão no SUS do parto domiciliar assistido por parteiras. O encontro começa amanhã (9) e vai até sexta-feira (13).
Assista ao filme: Parteiras tradicionais de Óbidos – Pará
Segundo Paula Viana, coordenadora do Grupo Curumim, que desenvolve o programa Parteiras Tradicionais, o encontro busca o reconhecimento das parteiras como trabalhadoras da saúde.
“Existe discriminação e preconceito com as parteiras. Elas não são reconhecidas como profissionais da saúde. Por isso, ainda hoje, não se consegue implantar uma política de inclusão do parto domiciliar no SUS”, afirmou.
De acordo com a coordenadora, o número de partos feitos anualmente por parteiras pode ser maior do que os 40 mil apontados pelo Ministério da Saúde. “Como não existem dados concretos sobre a quantidade de parteiras no país, também não há números concretos em relação ao número de partos”.
Paula Viana disse que é fundamental a integração entre a profissional parteira e os serviços de saúde para que haja redução da mortalidade materna e neonatal. “Por essa razão, entre os objetivos do encontro nacional está a elaboração de um plano de ação para orientar gestores públicos sobre o passo a passo da implantação dessa política nos municípios mais afastados”, acrescentou.
O Encontro Nacional Parteiras Tradicionais: Inclusão e Melhoria da Qualidade da Assistência ao Parto Domiciliar no SUS é promovido pelo Grupo Curumim (PE) em parceria com o Ministério da Saúde e o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Edição: Graça Adjuto
ENCONTRO NACIONAL – PARTEIRAS TRADICIONAIS: INCLUSÃO E MELHORIA DA QUALIDADE
DA ASSISTÊNCIA AO PARTO DOMICILIAR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
BRASÍLIA, DE 09 A 13 DE AGOSTO DE 2010
Local: Casa de Retiro- L2 Norte, 611 S Md E-SGAN- Brasília, DF.
Objetivos do Encontro:
- 1. Avaliação das experiências de ações e políticas institucionais voltadas à inclusão e melhoria da assistência ao parto e nascimento domiciliar, assistidos por parteiras tradicionais;
- 2. Apresentação das diretrizes técnicas e políticas e ações nacionais e estaduais voltadas à inclusão e melhoria do parto e nascimento domiciliar, assistidos por parteiras tradicionais no SUS
- 3. Elaboração de um plano de ação nacional para a inclusão do parto e nascimento domiciliar, assistidos por parteiras tradicionais, no SUS;
- 4. Criação de uma rede de referência e colaboração nacional para o planejamento, monitoramento e avaliação de políticas e ações para inclusão do parto e nascimento domiciliar , assistidos por parteiras tradicionais, no SUS;
PROGRAMA
Domingo – 08 de Agosto – Chegada, Acolhimento
Segunda feira, 09 de Agosto
8:30h – Boas Vindas – Grupo Curumim
Homenagem à D. Dorca
09:00h – Mesa de abertura:
Representantes de Parteiras Tradicionais, Organizações Não Governamentais, Articulações e associações nacionais, órgãos governamentais, agência de cooperação internacional da ONU,
10h – Conferência de abertura: “Parteiras de hoje: Uma relação entre cultura, saúde e política” – Soraya Fleischer (UnB) 40’
11h – Mesa 1: Parteira Tradicional: Identidade e Poder – Parteiras e representantes das associações: AC, AM, AP, RR, PE, PA, PB, MA e MG.
12h – Debate
13h – Almoço
14:30h – Mesa 2: Parteiras Tradicionais: Desafios do Reconhecimento
Panorama internacional da situação das parteiras tradicionais – Daphne Rattner – UnB, REHUNA 20’
“Proteção social ao trabalho das mulheres: desafio para uma reforma da previdência verdadeiramente justa!” – Natalia Mori (Cfemea / Articulação de Mulheres Brasileiras) 20’
Processos legislativos: parteiras tradicionais e democracia – Deputada Federal Janete Capiberibe 20’
15:30 – Debate
16:30h – Painel 1 – Políticas institucionais nacionais voltadas à inclusão do parto e nascimento domiciliar assistidos por parteiras tradicionais.
Ministério da Saúde
Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres
Secretaria Especial de Políticas para a Igualdade Racial
Secretaria de Direitos Humanos
17:30 h – Debate
18:30h – Avaliação do dia
Terça feira, 10 de Agosto
08:30h – Painel 2 – Diretrizes técnicas e políticas e ações nacionais, estaduais e municipais voltadas à inclusão e melhoria do parto e nascimento domiciliar assistidos por parteiras tradicionais no SUS
Gestão Nacional:
Área Técnica de Saúde da Mulher, Área Técnica de Saúde da Criança, Atenção Primária em Saúde e FUNASA
09:40h – Debate
10:20h – Contexto estadual, monitoramento do Plano de Ação, dificuldades e fortalezas do processo.
Gestões Estaduais:
Amazonas, Pará, Pernambuco, Roraima, Paraíba
Gestões Estaduais:
Acre, Amapá, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Tocantins
12:20h – Debate
13h – Almoço
15h – Experiências de Organizações Não Governamentais e Universidade:
Experiências de Organizações Não Governamentais:
Grupo Curumim
Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
Projeto Três Marias – UNEB – BA
16h – Debate
17h – Apresentação de vídeos
18:30h – Avaliação do dia
Quarta feira, 11 de Agosto
Passeio no Parque
09:30h – Quais os principais problemas identificados? Trabalho em grupos por segmento (parteiras tradicionais, ONGs, gestores e profissionais do SUS).
11h – LANCHE
11:20h – Debate e consolidação dos problemas.
12h – Transformando problemas em ações técnicas e políticas para superação.
13h – Almoço
14:30h – Elaboração de um plano de ação nacional para a inclusão do parto e nascimento domiciliar, assistidos por parteiras tradicionais no SUS – Trabalho em grupos mistos (Cada grupo com parteiras tradicionais, ONGs, gestores e profissionais do SUS).
16:30h – LANCHE e PASSEIO
Quinta feira, 12 de Agosto
08h – Trabalho Corporal
08:30h – Debate e consolidação dos produtos dos grupos.
09:30h – Apresentação do Plano Nacional
10:40h – LANCHE
11h – Apresentação da proposta de criação de uma rede de referência e colaboração nacional para o planejamento, monitoramento e avaliação de políticas e ações para inclusão do parto e nascimento domiciliar , assistidos por parteiras tradicionais, no SUS – Grupo Curumim
11:30h – Apresentação e avaliação das redes de referência e colaboração regional/estadual (AM, PA, PE, RR)
12:30h – Debate
13h – Almoço
14:30h – Criação da rede nacional de referência e colaboração – Discussão: Composição, funcionamento, comunicação e responsabilidades com o processo de planejamento, monitoramento e avaliação de políticas e ações. Trabalho em grupos mistos (Cada grupo com parteiras tradicionais, ONGs, gestores e profissionais do SUS).
16h – LANCHE
16:20h – Formação da rede nacional – composição
16:50h – Trabalho em grupo – Rede Nacional: Plano de ação (somente a rede)
17:30h – Apresentação do Plano da Rede e debate
18h – Avaliação do dia
Sexta feira, 13 de Agosto
08h – Trabalho Corporal
08:30h – Entrega dos documentos produzidos
09h – Avaliação do Encontro – escrita
10h – LANCHE
10:30h – Mesa de encerramento – agradecimentos, avaliações.
11:30h – Entrega dos Certificados
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