Será aberta no dia 5 de julho, no Espaço Cultural Cedim Heloneida Studart, no Rio de Janeiro, a exposição "Mulheres entre luzes e sombras", de João Roberto Ripper, amplamente reconhecido como um dos melhores fotógrafos brasileiros que trabalha com temas sociais. A mostra esteve antes no Congresso Nacional, em homenagem ao mês da mulher.
A exposição enfoca mulheres ameaçadas em seus direitos. Mulheres que têm de mergulhar em si mesmas e nos contatos com as pessoas que amam, buscando, equilíbrio, alegria e força para resistir às discriminações de que são vítimas.
Numa divisão temática, a iniciativa apresenta quatro blocos que são, ao mesmo tempo, distintos, mas que se entrelaçam, pois pretendem contar histórias que apresentam a vida dessas mulheres, como se formassem um todo.
Com quatro blocos, entrelaçados pelas histórias dessas mulheres, a exposição traz Corpos Explorados – que mostra imagens que retratam a vida profissional, o trabalho como meio em busca de si mesmas – , Corpos Violados – imagens que retratam como a violência e a omissão afetam a integridade física, psicológica e sexual das mulheres -, Corpos Ameaçados – o universo proibido, mulheres que seguem em defesa do direito a tomar decisões sobre suas próprias vidas – e Corpos Livres – imagens que nos remetem à histórias de superação, determinação e força de mulheres, mães, conselheiras, fazedoras, contadoras de histórias de vidas e cidadãs.
Serão cerca de 50 ampliações do fotógrafo, feitas ao longo de sua carreira e algumas produzidas especialmente para esta oportunidade, sobre a questão da mulher, seus direitos e opressões.
A exposição é coordenada pela organização Ipas Brasil, em parceria com Articulação Brasileira de Jovens Feministas, Articulação de Mulheres Brasileiras, Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras, Centro Feminista de Estudos e Assessoria, Comitê Latino-americano e do Caribe pelos Direitos da Mulher, Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Fórum Nacional de Mulheres Negras, Grupo de Teatro Loucas de Pedra Lilás, Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro, Liga Brasileira de Lésbicas, Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais e Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos.
João Roberto Ripper
João Ripper é amplamente reconhecido como um dos melhores fotógrafos brasileiros que trabalha com temas sociais. Foi um dos fundadores da ONG Imagens da Terra, com o objetivo de documentar a injustiça social no campo e nas cidades. Seu trabalho inclui documentação sobre trabalho infantil, trabalho forçado, populações indígenas, trabalhadores rurais, brutalidade policial e pobreza urbana. Atualmente, desenvolve trabalhos como freelancer para os seguintes órgãos: Washington Post, New York Times, Le Monde, Herald Tribune, Revista Nacla, Revista da Fundação Ford, Revista Tempo e Presença, Revista Novamérica, Revista Senac, Educação Ambiental, Agencia Rapho, Revista Século, Revista Marie Claire, Revista Caros Amigos, Revista Veja, Revista Tudo, Revista Domingo (Jornal do Brasil), Revista Sem Fronteiras. Fundador e coordenador da Escola de Fotógrafos Populares Imagens do Povo. É professor convidado do curso de Pós-Graduação em Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais, da Universidade Cândido Mendes (Rio de Janeiro). Há 13 anos faz documentação social em comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul, principalmente entre os Guaranis-kaiowás.
Exposição fotográfica "Mulheres entre luzes e sombras"
Abertura: 5 de julho, às 18h
Visitação: até 21 de julho, das 10h às 19h
Local: Espaço Cultural Cedim Heloneida Studart – Rua Camerino, 51, Centro, Rio de Janeiro
Tel (21) 2334-9527
Entrada franca