Navio de ajuda composto só por mulheres deve seguir para Gaza nos próximos dias

Do UOL Notícias* 
Um navio com ajuda humanitária, composto apenas por ativistas mulheres, recebeu autorização do governo do Líbano para partir com destino à faixa de Gaza nesta segunda-feira (21). A embarcação deve seguir primeiro para Chipre e nos próximos dias chegar à Gaza, segundo informações do jornal “The Jerusalem Post”.

  • O Julia está ancorado no porto de Tripoli, ao norte do Líbano, e deve sair em direção à Gaza nos próximos dias

    O “Julia” está ancorado no porto de Tripoli, ao norte do Líbano, e deve sair em direção à Gaza nos próximos dias


“Recebemos permissão para ir a Chipre e agora estamos preparando os detalhes finais”, afirmou o sírio de origem palestina Yasser Kashlak, que lidera a organização Movimento Palestina Livre (Free Palestine Movement) que lidera a viagem.

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Segundo os organizadores, o navio deve chegar à Gaza nos próximos dias, mas nenhum deles confirmou a data exata de partida do navio devido a preocupações com a segurança.

De acordo com informações de um ministro, o Líbano deu permissão a outra flotilha que deve sair de Tripoli, segunda maior cidade do país, para Gaza.

O ministro dos Transportes do país, Ghazi Aridi, disse que o navio com o nome de “Julia” tem registro francês está ancorado no porto de Tripoli. A embarcação pode deixar o local a qualquer momento, já que passou por todas as inspeções portuárias. Segundo Aridi, a missão foi nomeada de “Mariam” –em alusão a “Maria”, mãe de Jesus– e deve seguir para o Chipre primeiro.

Aridi ressaltou que o governo do Líbano deve assumir total responsabilidade sobre a rota do navio, além de sua carga e das ativistas a bordo – tanto estrangeiras, quanto libanesas.

A embaixadora israelense na ONU, Gabriela Shalev, alertou na sexta-feira que a tentativa dos organizadores da flotilha em navegar para Gaza a partir do Líbano poderia aumentar as tensões e prejudicaria a paz e segurança entre as duas nações.

Shalev destacou em particular a saída de navios do Líbano, que “permanece em estado de hostilidade com Israel” e citou uma “possível ligação” entre os organizadores da missão e o grupo Hezbollah.

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