Alícia Uchôa – Do G1 RJ
Francisco Itamar foi condenado por estuprar, matar e ocultar corpo da atleta. Priscilla Souza foi encontrada morta em dezembro de 2008, no Rio. O corpo de Priscilla foi encontrado no meio da mata
(Foto: Divulgação)
A Justiça do Rio condenou Francisco Itamar Nonato PedrosaA atleta foi morta no dia 13 de dezembro de 2008. Seu corpo foi encontrado três dias após no Parque da Cidade, na Gávea, Zona Sul do Rio. A sentença saiu na segunda-feira (14). pelo estupro, morte e ocultação do cadáver de Priscilla da Silva e Souza, que era remadora do Clube de Regatas do Flamengo. Ele foi condenado pelo 1º Tribunal do Júri da capital a 32 anos de prisão em regime fechado.
Segundo o Tribunal de Justiça, o condenado não esboçou nenhuma emoção durante os depoimentos das testemunhas ou exibição de imagens da vítima. Ao ser questionado pela Defensoria Pública se gostaria de ser interrogado, Francisco preferiu permanecer em silêncio.
“O acusado agiu com intensa culpabilidade, na medida em que espreitou a vítima a passar na trilha que ela percorria para chegar à sua casa, escondido na mata, para, então, mais facilmente atacar a vítima, demonstrando, assim, que já premeditara sua ação criminosa, sendo certo, ainda, que o acusado demonstra possuir má conduta social, não tendo comprovado qualquer ocupação lícita”, destacou o juiz Fábio Uchôa.
Réu já via sido condenado por outro estupro
Segundo o magistrado, Franciso já foi condenado por estupro no dia 10 de fevereiro deste ano, pela 5ª Vara Criminal da capital, a 8 anos de prisão por estuprar uma mulher na mesma comunidade em que Priscilla foi abordada. Neste processo, iniciado antes da morte da atleta, consta que ele chegou a ameaçar de morte essa outra vítima e sua filha se o estupro fosse denunciado.
Além de fotos de Priscilla, o Ministério Público teve como prova o resultado positivo do exame de DNA feito com o material colhido no corpo da remadora e comparado com o de Francisco. No caso da atleta, ele foi condenado a 20 anos por homicídio duplamente qualificado, 9 anos por estupro e 3 anos por ocultação de cadáver.
Como foi o crime
O corpo da jovem foi encontrado no dia 16 de dezembro de 2008, com sinais de violência sexual, mas a última vez em que ela havia sido vista fora no dia 13 do mesmo mês, durante uma corrida de treino nas Paineiras.
Priscilla morava numa das casas ocupadas por funcionários da reserva. Seu corpo foi achado sem roupas e com marcas de espancamento no rosto, numa mata dentro do Parque. Seu corpo estava coberto com uma lona.