Mesmo com mais anos de estudo e crescente presença no mercado de trabalho, as mulheres ainda são preteridas na hora da promoção à função de supervisão. É o que confirma um levantamento realizado a partir da pesquisa sobre salários e condições de trabalho, disponível neste site.
Para chegar a este resultado, o critério usado foi a observação da participação relativa das mulheres supervisoras em relação ao total de trabalhadoras e a participação relativa de homens nos mesmos tipos de postos em relação ao total de trabalhadores em cada um dos setores de atividade (Tabela 1). Mesmo em segmentos nos quais elas têm, tradicionalmente, grande participação, como comércio e serviços, ainda há menos mulheres ocupando funções de supervisão do que homens.
Setores
De acordo com os dados, comparando os setores, é possível verificar também que a função de supervisão é mais comum na construção civil. O comércio e os serviços são os setores com a menor participação relativa da função.
Uma explicação para o menor número de postos de supervisão nos dois últimos segmentos pode estar associada à informatização, que permite que o trabalho seja realizado sem um número significativo de níveis hierárquicos intermediários.
Independente do número de trabalhadores com esta função em cada setor, a participação de homens na supervisão é maior que a de mulheres em todos os segmentos. No comércio, por exemplo, as mulheres com posição de supervisão são 27,3%, enquanto os homens chegam a 39,1%. No caso do setor serviços, 26,9% das mulheres estão na supervisão. Entre os homens, o percentual é de 33,5%.
Foram analisados 16.880 questionários.
Tabela 1
Distribuição dos supervisores, por sexo e setor de atividade (em %)
| Possui função de supervisão de pessoas |
|---|
| Setor de atividade |
mulheres | homens |
| Comércio | 27,3 | 39,1 |
| Construção | 34,8 | 54,2 |
| Indústria | 33,0 | 39,2 |
| Serviços | 26,9 | 33,5 |
Fonte: Site Meu Salário
Elaboração: DIEESE
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Salário e condições de trabalho
fonte: www.meusalario.org.br