Ativista norte-americana Dorothy Height morre aos 98

WASHINGTON (Reuters) – A ativista norte-americana de direitos civis Dorothy Height, presidente do Conselho Nacional das Mulheres Negras, morreu na terça-feira em Washington, aos 98 anos.

Assistente social de formação, Height começou a militar pelos direitos civis e a igualdade de gênero na década de 1930, atuando para evitar linchamentos, proibir a segregação nas Forças Armadas dos EUA, reformar o processo penal e promover o livre acesso a acomodações públicas no país.

Ela morreu de causas naturais no Hospital Universitário Howard, segundo uma porta-voz da clínica.

No obituário dela publicado em sua edição digital, o jornal The Washington Post disse que “a sra. Height foi possivelmente a mulher mais influente nos altos escalões da liderança dos direitos civis, mas nunca atraiu a atenção da grande imprensa, que conferiu celebridade e reconhecimento instantâneo a alguns outros líderes dos direitos civis da sua época”.

Em 1994, o então presidente Bill Clinton lhe concedeu a Medalha Presidencial da Liberdade, maior honraria civil dos EUA. Em 2004, ela recebeu a Medalha de Ouro do Congresso.

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Morre Dorothy Height, a “avó do movimento feminista” nos EUA

Washington, 20 abr (EFE).- Dorothy Height, ativista de direitos humanos nos Estados Unidos e presidente emérita do Conselho Nacional de Mulheres Negras, morreu nesta madrugada aos 98 anos de idade.

Height militou junto com Martin Luther King (1929-1968) e esteve ao lado do líder quando, em 1963, ele pronunciou seu discurso “Tenho um sonho”.

Conhecida como “a avó do movimento feminista”, Height militou da Presidência de Franklin D. Roosevelt (1933-1945) à de Barack Obama, indicou o Conselho Nacional de Mulheres Negras (NCRW, na sigla em inglês).

Em 1994 o presidente Bill Clinton (1993-2001) honrou a ativista com a Medalla Presidencial da Liberdade e o Congresso a condecorou com a Medalha de Ouro em 2004.

Apesar da idade avançada, Height esteve entre os dirigentes negros americanos que se reuniram com Obama recentemente na Casa Branca para discutir assuntos políticos e sociais.

A ativista, que presidiu o NCRW entre 1957 e 1988 e depois foi designada presidente emérita, também foi uma figura chave na criação da Associação Cristã de Mulheres Jovens em 1930.

Nascida em Richmond, no estado da Virgínia, e criada em Rankin, na Pensilvânia, ela começou sua militância em 1933 quando assumiu a liderança do Movimento de Jovens Cristãos Unidos. Ela trabalhou para acabar com para os linchamentos de negros e a segregação racial nas Forças Armadas.

Entre as experiências de discriminação que Height relatou em suas memórias estão a rejeição de sua matrícula no College Barnard, de Nova York.

“Embora eu tenha sido aceita eles não podiam me matricular”, escreveu em seu livro “Open Wide the Freedom Gates”. “Levou um tempo até me dar conta de que sua decisão era um assunto racial: Barnard tinha uma cota de dois estudantes negros por ano, e outros dois já tinham ocupado esses postos”, acrescentou. EFE

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