Pela primeira vez na história do estado do Rio de Janeiro, a Medalha Tiradentes, maior comenda do Estado do Rio, foi entregue a uma pessoa trans. A homenagem à ativista Gilmara Cunha aconteceu na noite desta terça-feira, no salão nobre da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Criadora da ONG Conexão G, ela atua ao lado de jovens da localidade na difusão dos direitos de gays, lésbicas, travestis e transexuais no Complexo da Maré, conjunto de favelas às margens da Avenida Brasil, e leva seu conhecimento a outras comunidades do Rio que começam a formar núcleos de apoio à população LGBT.
Gilmara desempenha papel fundamental no movimento LGBT do Rio de Janeiro ao conseguir protagonismo e levar ao poder público uma agenda política voltada aos moradores de favela. Seu poder de aglutinar pessoas é demonstrado ano a ano com a realização da Parada LGBT da Maré, mesmo sem um centavo de recursos do estado e do município. Gilmara ainda apoiou a criação das paradas do Complexo do Alemão, na Zona Norte, e de Rio das Pedras, na Zona Oeste.
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