Nos dias 12 e 13 de novembro de 2013, ativistas, pesquisadores e representantes de ONGs e de instituições religiosas se reuniram para debater a visibilidade crescente de um discurso e prática fundamentalista religiosa que tem gerado impactos negativos no campo político e no campo social.
O Acordo Brasil-Vaticano legitimando o poder da Igreja Católica, o incremento de casos de intolerância religiosa contra as religiões de matriz africana, o uso cada vez maior do discurso religioso como ferramenta política eleitoral, a ofensiva de representantes da bancada religiosa no Congresso aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e o discurso de ódio contra LGBTs têm se mostrado elementos importantes para pensarmos nas contradições do Estado
laico brasileiro. Esse cenário aponta para o recrudescimento de um discurso e de um imaginário conservador fundamentalista que pune e coloca à margem aqueles e aquelas que não se encaixam em definições preconcebidas de moral e respeito e com impactos no campo das políticas públicas.
Com as boas vindas de Marilene de Paula (F. Böll), Joluzia Batista (CFEMEA) e Pedro Strozenberg (ISER) deu-se início ao debate do primeiro dia com as considerações iniciais e provocadoras de Tatiana Lionço, do Conselho Regional de Psicologia e da Companhia Revolucionária Triângulo Rosa e Fabio Leite, da PUC/RJ. No segundo dia tivemos as contribuições de Luiz Antônio Cunha, do Observatório da Laicidade na Educação (OLÉ) e Marcio Marins, do Fórum Nacional das Religiões de Matriz Africana. Apostamos na metodologia de roda de conversa, na qual os participantes interagiam livremente. Essa é uma edição das falas e comentários dos participantes.
Para baixar a publicação, acesse o site da Fundação Heinrich Boll.