Violência contra as mulheres é tema de redação do ENEM e gera repercussão nas redes sociais

A prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) deste ano abordou temas relacionados ao feminismo. No primeiro dia de prova (sábado, 21 de outubro), entre os assuntos mais comentados em relação à prova, esteve a questão sobre feminismo, que usou uma citação de Simone de Beauvoir para perguntar sobre o movimento de mulheres.

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Já no segundo dia, o tema da prova foi  “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Houve grande repercussão nas redes sociais. As feministas comemoraram. A página “Feminismo resiste”, por exemplo, postou no Facebook uma foto da questão. O post teve mais de 23 mil likes e mais de 8 mil compartilhamentos. Na página da Universidade Livre Feminista, o tema da redação teve comentários em apoio.
 
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, elogiou o tema, afirmando que a escritora e filósofa teve grande contribuição sobre a condição da mulher na sociedade. Ele lembrou que, no passado, as mulheres não podiam votar e eram consideradas incapazes, sem direitos. “Esse é o contexto do debate. Pessoas podem divergir. Na educação, tem de estar aberto a discutir, a aceitar”, declarou.

Sobre o tema da redação, que abordou a violência contra as mulheres, ele afirmou que é um assunto importante e que ainda está presente na sociedade brasileira. Ele disse ainda que achou o tema “excelente” para que os mais de sete milhões de participantes reflitam sobre isso. “Em relação ao tema da redação, é inquestionável. Somos uma sociedade em que ainda há muita violência contra a mulher”, disse ele.

“Eu achei uma excelente escolha, defendo completamente a prova, estão de parabéns os que o fizeram. Quem sabe debatendo essa questão a gente consiga diminuir a violência, vai ser um grande avanço para a sociedade brasileira”, concluiu.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) elogiou o tema pelo twitter: “Boa escolha! Tema de redação do Enem diz respeito e deve ser conhecido de todas as pessoas: violência contra a mulher”.

Repercussão negativa

Os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marcos Feliciano (PSC-SP) usaram as redes sociais neste fim de semana para acusar o Exame Nacional do Ensino Médio de doutrinação.

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