“Apoiar que haja no país uma legislação sobre o aborto não é banalizar a vida”, afirma presidenta da ONG Católicas pelo Direito de Decidir em audiência pública

Em audiência pública na última quarta-feira, sobre SUG 15 de 2014, que regula a interrupção voluntária da gravidez, dentro das doze primeiras semanas de gestação, Maria José Rosado se posiciounou pelo direito de escolha das mulheres.

Gostaria de iniciar, falando de maternidade. Pode parecer estranho que, discutindo uma proposta que torna o aborto legal, dentro de certo limite, eu proponha falar justamente sobre maternidade. Estranho porque sempre que se debate a questão do aborto, este aparece isolado do contexto maior do processo reprodutivo. Ao meu ver, não há como discutir e entender o significado e as consequências de se ter uma lei que regule a realização do aborto, a não ser entendendo-o em face do fato ineludível da capacidade que temos, as mulheres, de fazermos novos seres humanos. Uma capacidade transcendental e única. No entanto, para que a maternidade seja considerada em toda a sua grandeza, é absolutamente necessário que a compreendamos como resultado de uma decisão, de uma escolha: Como uma opção entre outras de realização das mulheres. Nós mulheres somos seres humanos, com projetos de vida, seres de pensamento e de desejo e não podemos, sob hipótese alguma, sermos consideradas unicamente pela nossa capacidade de colocarmos na comunidade humana novos seres. Essa é uma das possibilidades que temos em nossas vidas. Mas está longe de ser a única.

Para ler a fala completa, acesse o site Católicas pelo Direito de Decidir.

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