Hoje faz 22 anos da morte de Audre Lorde. E para contribuir um pouco com a sua memória, para que seu pensamento não seja esquecido, republicamos parte do texto de Maíra Ptqk, traduzido por Priscilla Brito, da Secretaria Executiva da Universidade Livre Feminista, para o Blogueiras Feministas.
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A irmã outsider Audre Lorde
É sua a frase talvez mais repetida na história do ativismo: “As ferramentas do mestre nunca destruirão a casa-grande”. Mas também outras, mais incômodas, que questionam as bases do feminismo construído sobre as ruínas de uma supremacia racial que ainda não terminamos de nos desprender. “Porque eu sou uma poeta negra que faz o seu trabalho, eu vim aqui para perguntar-lhe: Você está fazendo o seu?”.
A figura de Audre Lorde ocupa, por razões diversas, um lugar central no feminismo contemporâneo. Primeiro porque ela é, junto com Angela Davis e Bell Hooks, uma das principais vozes do feminismo afroamericano. A partir das margens da academia – e da legitimidade que lhe dá a sua própria história – é também precursora da chamada crítica descolonial. Em segundo lugar, porque, apesar de estar firmemente enraizada nos acontecimentos que abalaram a sociedade americana nas décadas de sessenta e setenta (o movimento dos direitos civis, revoltas raciais, o surgimento dos Panteras Negras, Malcolm X e Martin Luther King, a emergência da contracultura e o despertar da segunda onda do feminismo), a voz de Audre Lorde é imortal. Uma voz que vai para o coração do conflito para nomeá-lo.
“Como mulheres, alguns de nossos problemas são comuns, outros não. Vocês, brancas, temem que seus filhos ao crescer se juntem ao patriarcado e testemunhem contra vocês. Nós, em contrapartida, tememos que tirem os nossos filhos de um carro e disparem contra eles a queima-roupa, no meio da rua, enquanto vocês dão as costas para as razões pelas quais eles estão morrendo”.
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