20 anos sem Lélia Gonzalez

“Essa questão do branqueamento bateu forte em mim e eu sei que bate muito forte em muitos negros também. Há também o problema de que, na escola, a gente aprende aquelas baboseiras sobre os índios e os negros; na própria universidade o problema do negro não é tratado nos seus devidos termos.”

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Lélia Gonzalez nasceu em Belo Horizonte-MG, em 1º de fevereiro de 1935. Era a penúltima de 18 irmãos/ãs; filha de pai negro (Acácio Joaquim de Almeida), ferroviário, e mãe índia (Urcinda Seraphina de Almeida). Tinha 59 anos quando faleceu, em 10 de julho de 1994, no bairro de Santa Teresa, na cidade do Rio de Janeiro.

Lélia Graduou-se em História/Geografia e Filosofia e foi professora no Instituto de Educação, no Colégio de Aplicação (UERJ), na rede estadual de ensino. Na militância, participou da criação do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado (MNU), em nível nacional, do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras-RJ, do Olodum-BA, dentre outros.

Muitos estudos tem tentado resgatar o legado de Lélia Gonzalez. Raquel Andrade Barreto, mestre pela Pontifícia Universidade Católica-RJ, por exemplo, defendeu a dissertação “Enegrecendo o feminismo ou Feminizando a raça: Narrativas de Libertação em Angela Davis e Lélia Gonzalez” (2005); Elizabeth Viana que defendeu dissertação de mestrado na UFRJ, sob o título “Relações raciais, gênero e movimentos sociais: o pensamento de Lélia Gonzalez (1970-1990)” (2006).

Para saber mais sobre sua trajetória, leia o Artigo de Luiza Bairros sobre ela: http://www.criola.org.br/artigos/LEMBRANDO_LeLIA_GONZALEZ.pdf

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