Por Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York*
Segundo agência da ONU, existem mais de 140 milhões de meninas e de mulheres circundadas; Guiné-Bissau vai debater lei contra a prática.
A ONU marcou neste domingo, 6 de fevereiro, o Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, OMS, mais de 140 milhões de meninas e mulheres são circuncidadas.
A prática ameaça ainda 3 milhões de mulheres por ano. Com o Dia, as Nações Unidas pretendem combater a mutilação genital.
Profissionais de Saúde
De acordo com a OMS, o envolvimento dos profissionais da saúde contribui para legitimar ou manter as mutilações, sendo necessário implementar “ações de conscientização para conter a prática.”
Na Guiné-Bissau, um dos países mais afetados pela prática na África, as autoridades estimam em 300 mil o número de mulheres mutiladas. Cerca de 80 mil meninas correm o risco de serem circuncidadas.
Em Entrevista à Rádio ONU, o embaixador do país junto das Nações Unidas, João Soares da Gama, disse que as autoridades guineenses estão determinadas em avançar com uma lei que proíba a mutilação.
Direitos
“Em Burkina Fasso, Senegal e outros países já há leis concretas que abordam esta questão de forma constrangedora e punitiva. Penso que já é momento dos parlamentares do país assumirem esta questão e tentarem, de uma vez por todas, abolir esta prática”, disse.
A mutilação genital feminina é tida como nociva, por “violar os direitos das meninas e de mulheres.” A OMS comprometeu-se a eliminar a prática na atual geração “recorrendo à advocacia, pesquisa e direcionamento dos profissionais da saúde.”
A OMS revela que a circuncisão feminina é associada a riscos físicos, mentais, de âmbito sexual e do bem-estar.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
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fonte: Envolverde
(Envolverde/Rádio ONU)