BBC
Dois jovens que espancaram um homem homossexual em uma praça no centro de Londres em 2009 receberam penas de seis e sete anos anos de prisão.
Ian Baynham, de 62 anos, foi atacado em Trafalgar Square em setembro de 2009 e morreu 18 dias depois.
Ele recebeu socos de Joel Alexander, de 20 anos, e foi pisoteado várias vezes pela então adolescente Ruby Thomas, de 19, enquanto estava inconsciente, no chão.
Alexander e Thomas foram condenados por homicídio culposo em dezembro de 2010. Na terça-feira, Ruby Thomas foi sentenciada a sete anos de prisão e Joel Alexander, a seis anos.
Sentença aumentada
Baynham, que era funcionário público, tinha saído com um amigo, Philip Brown e estava na região central de Londres, quando, segundo testemunhas, Thomas começou a ofendê-lo, chamando-o de “bicha”.
A vítima respondeu, dando início a uma briga. Thomas tentou acertá-lo com sua bolsa, que foi agarrada pela vítima.
Joel Alexander interveio e acertou um soco em Baynham, jogando-o no chão. A vítima bateu a cabeça na calçada e desmaiou, sendo pisoteado no peito e cabeça por Thomas. Baynham sofreu lesão cerebral grave.
A pena de Thomas foi agravada de seis para sete anos devido à natureza homofóbica do ataque. e culpou Thomas por estimular a violência que levou à morte de Baynham.
“Este foi um caso de violência irracional motivada pela bebida e cometida em público”, disse o juiz, Richard Dawkins.
Histórico
Ruby Thomas, que estudava em uma escola particular de Londres, tem um histórico de violência. Em 2007, quando tinha 15 anos, ela atacou um motorista de ônibus no centro de Londres, perto do local onde Baynham foi atacado.
Ben Summerskill, presidente da organização de defesa dos direitos dos homossexuais Stonewall, aprovou o agravamento da sentença de Thomas, como “reconhecimento de que este foi um terrível assassinato homofóbico”.
A irmã de Ian Baynham, Jenny, de 59 anos, afirmou ter dificuldades para entender a morte de seu irmão.
“O único crime dele foi defender quem ele era e é impossível entender os eventos horríveis que levaram à sua morte. O resultado deste julgamento pode nos ajudar a lidar com nossa perda mas nada vai trazê-lo de volta”, afirmou.