por Katherine Harmon – Scientific American Brasil
Um estudo realizado nos Estados Unidos descobriu que adultos com altas concentrações de alfa-caroteno no sangue têm probabilidade de viver mais tempo
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O aumento do consumo de frutas e legumes (ricos em carotenóides) está ligado a uma vida mais longa e saudável, e muitas vezes, independente dos fatores do estilo de vida. Esse fato fez com que pesquisadores estudassem novos compostos que ajudem nessa busca pela longevidade.
A pesquisa com alfa-caroteno é um dos novos estudos promissores. Os pesquisadores avaliaram níveis séricos de alfa-caroteno em 15.318 adultos americanos, acompanhados por um período médio de 13 anos.
Após o controle dos fatores demográficos, estilo de vida e saúde dos participantes, os pesquisadores descobriram que a concentração sérica de alfa-caroteno foi inversamente associada com risco de morte. As mulheres tendem a ter concentrações levemente maiores do nutriente do que os homens (5,31 micrograma por decilitro contra 4,22 nos homens).
A equipe encontrou uma correlação particularmente entre os níveis mais elevados de alfa-caroteno e um menor risco de morte por diabetes, trato respiratório superior e câncer no trato digestivo, assim como infecções respiratórias.
Ao contrário do beta-caroteno, o alfa-caroteno não é frequentemente encontrado nos polivitamínicos e outros suplementos comuns alimentares, o que sugere que a maioria das quantidades encontradas no sangue das pessoas vem de alimentos (principalmente das cores laranja, amarelo escuro e verde) como brócolis, cenoura, couve, alface, ervilhas, abóbora, espinafre, batata doce e abóbora. E um estudo de caso realizado anteriormente, foi descoberto que comer mais desses tipos de vegetais ricos em alfa-caroteno leva a uma diminuição do risco de câncer de pulmão.
“Esses resultados mostram que devemos aumentar o consumo de frutas e vegetais para prevenir a morte prematura”, concluíram os pesquisadores.