KEILA CÂNDIDO – Revista Época
Nenhuma empresa gosta de ter sua imagem associada a escândalos, menos ainda aos que envolvem assédio moral ou sexual. Num estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a percepção dos direitos do trabalhador, 5% das pessoas formalmente empregadas disseram que já sofreram algum tipo de assédio por parte dos chefes. Dessa parcela, 2,5% recorreram a alguma instituição para denunciar o caso.
A pesquisa, que faz parte do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), recém divulgada pelo Ipea, também apontou que 8,5% dos trabalhadores formais já presenciaram algum tipo de discriminação dentro no local de trabalho.
Assédio e discriminação são crimes previstos em lei que têm punição devida. Além de violar o princípio básico da boa convivência no ambiente de trabalho – essencialmente baseada numa relação de respeito – esse tipo de acontecimento, em muitos casos, gera um desgaste que pode afetar não só a imagem e credibilidade dos profissionais da empresa, mas a saúde emocional dos envolvidos. O efeito disso é o estresse, a perda da auto-estima e da produtividade, depressão, desinteresse, vergonha e até o abandono do trabalho.