Mais de um terço dos jovens japoneses não tem interesse em sexo, revela pesquisa do governo

Globo.com (15/1/2011)

RIO – Mais de um terço dos japoneses com menos de 20 anos se diz pouco interessado ou mesmo enojado pelas relações sexuais, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão. Realizada em setembro de 2010, com cerca de 3 mil entrevistados, a pesquisa mostra, ainda, que 40% dos casais entrevistados não têm vida sexual ativa. Segundo o Wall Street Journal, o termo herbívoros já virou costume para descrever os jovens que são passivos e menos ambiciosos em seus relacionamentos românticos que as gerações anteriores.

De acordo com a pesquisa, 36% dos homens entre 16 e 19 pesquisados se descreveram como indiferentes ou com aversão a ter relações sexuais (um aumento de 19% desde o último levantamento realizado em 2008). As mulheres parecem ser ainda mais relutantes em considerar o sexo: 59% das japonesas entre 16 e 19 disseram que estavam desinteressadas ou com aversão ao sexo (aumento de 12% desde 2008).

Entre os casais sem vida sexual ativa – aqueles que não fazem sexo há mais de um mês – a porcentagem ficou em 40,8%. Dos casais com idades acima de 40 anos, o índice de desinteresse por sexo ficou em torno de 50%.

Entre as razões alegadas pelos homens casados para a falta de atividades sexuais está o cansaço após a jornada de trabalho (19,7%), enquanto as mulheres alegam que o sexo traz problemas (26,9%). Já a principal razão compartilhada entre maridos e esposas para a falta de sexo é o nascimento de um bebê, cuja porcentagem atingiu 20,9%.

Como a falta de sexo está fazendo a população diminuir, a Associação Japonesa de Planejamento Familiar sugere que a sociedade nipônica repense as horas de trabalho e que encontre medidas eficazes para melhorar a comunicação entre homens e mulheres.

O estudo também mostra que as japonesas não hesitam em recorrer ao aborto quando engravidam sem ter casado ou por razões econômicas, agravando o envelhecimento do país. O índice de fecundidade nacional é de 1,3 criança por mulher, enquanto o necessário para renovar a população é de 2,1.

 

fonte: CCR

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