Globo News Especial
Muitas delas são presas quando passam pelo Brasil. De acordo com a ONU, o país é hoje o principal corredor de cocaína do mundo.
Os repórteres Eduardo Faustini, Alberto Fernandes e Rafael Trindade mostram como a rota do tráfico internacional de cocaína utiliza mulheres africanas como ‘mulas’, principalmente de Guiné Bissau e de Cabo Verde. Os jornalistas investigaram, a partir do depoimento de presidiárias na região metropolitana de Fortaleza, como as mulheres são aliciadas e também entrevistaram familiares delas no exterior. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é hoje o principal corredor de cocaína do mundo. Uma das rotas mais usadas pelas quadrilhas começa na Colômbia, passa por São Paulo e Nordeste, África Ocidental e termina na Europa. De 420 mulheres no presídio feminino Auri Moura Costa, no Ceará, 49 são estrangeiras, presas quando tentavam sair do Brasil levando drogas. Vinte mulheres são de Guiné-Bissau e de Cabo Verde, na África.