DA REUTERS, EM TEERÃ
O Irã impôs um código islâmico de vestuário mais rigoroso para algumas universidades, que proíbe mulheres de usaram unhas longas, cores chamativas e tatuagens, informou uma agência de notícias local nesta segunda-feira.
A agência semi-oficial Fars publicou uma lista de universidades no Irã que receberam uma mensagem explicando o novo código, mas não disse como elas foram selecionadas.
As novas regras proíbem mulheres de “usarem bonés ou chapéus sem lenços, jeans justo ou curto, e piercing no corpo”, exceto brincos, informa a Fars.
O texto diz que tatuagens, unhas compridas, joias nos dentes e cores chamativas também foram banidas.
O novo código também proíbe os rapazes de tingirem o cabelo, fazerem a sobrancelha, usarem roupas apertadas, camisas com “mangas muito curtas” e joias, diz a Fars.
O Irã tem travado uma campanha nacional contra influências culturais do Ocidente. Sob a lei islâmica imposta após a revolução de 1979, as mulheres têm de cobrir o cabelo em público e vestir roupas longas e largas.
As autoridades têm intensificado os esforços antes dos meses quentes de verão, quando as mulheres tendem a usar roupas mais leves e véus de cores chamativas, em geral puxados para trás para mostrar o cabelo.
Nos últimos anos, as medidas enérgicas também se estenderam à moda de inverno, incluindo calças femininas consideradas justas demais e homens com corte de cabelo espetados “em estilo ocidental”.
As jovens, especialmente nas áreas urbanas mais abastadas, costumam desafiar as restrições ao usar roupas justas e véus coloridos que mal cobrem o cabelo. As regras continuam menos desafiadas em áreas pobres de subúrbio ou rurais.