Jornal Nacional/Rede Globo
O projeto promete reunir e aperfeiçoar todos os programas sociais já existentes. Ele foi anunciado durante a primeira reunião ministerial da presidente.
A presidente Dilma Rousseff fez, nesta quinta-feira (06), a primeira reunião ministerial. E anunciou um programa para combater a pobreza extrema no país.
Mais de três horas reunida com 11 ministros. A presidente Dilma pediu a todos que comecem a trabalhar numa prioridade já anunciada de seu Governo: acabar com a pobreza extrema. Todos os programas sociais já existentes serão aperfeiçoados e reunidos num só projeto, que terá outras ações, a partir de três frentes de trabalho:
– inclusão produtiva, dar a oportunidade de um trabalho decente;
– ampliação do acesso a serviços públicos, como saúde, saneamento básico e educação e
– transferência de renda.
“Nós vamos construir para esse programa um modelo de gestão, como fizemos para o PAC. Onde queremos ter metas claras, queremos ter condições de monitoramento claro, queremos prestar contas para a sociedade, para a imprensa, do andamento dessas metas”, informa a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.
Mas essas metas só serão estipuladas depois que o Governo concluir os estudos que vão responder a algumas perguntas. O que é extrema pobreza? Quem faz parte desse grupo? Qual é a renda dessas pessoas? Com essas informações, será possível calcular quanto o programa vai custar e qual faixa da população vai ser contemplada.
O especialista em desigualdade social Ricardo Paes de Barros diz que há dois grandes desafios: o primeiro é localizar as pessoas que vivem nessas condições. E o outro é ainda maior.
“O próximo passo é você transformar aquela pessoa que tava recebendo transferência de renda em alguém que não precisa mais receber uma transferência de renda, porque agora consegue ter uma renda acima da linha de extrema pobreza por sua própria conta. Para isso, vai precisar de uma série de oportunidades para melhorar sua capacidade produtiva, conseguir emprego, aumentar sua produtividade etc.”, esclarece o pesquisador do Ipea.