Diário do Nordeste
Entra as cotadas estão a deputada Manuela D´Ávila e as senadoras Ideli Salvati e Lídice da Mata, dentre outras
Brasília. Diante da intenção declarada da presidente eleita Dilma Rousseff de ampliar o número de mulheres no primeiro escalão de seu governo, além de Miriam Belchior – já indicada para o Planejamento – e a diretora da Petrobras Graça Foster, que deverá ter nova função, pelo menos outras seis deverão reforçar o time feminino na Esplanada dos Ministérios.
Ainda assim, o número de mulheres será inferior à quota de 30% que chegou a ser mencionada em reunião entre Dilma, o presidente Lula e o comando do governo de transição.
Cotadas
São citadas ou cotadas como ministeriáveis a deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS), para o Ministro do Esporte; a senadora Ideli Salvati (PT-SC), para a Secretaria Especial de Políticas paras as Mulheres ou a da Pesca; a senadora eleita Lídice da Mata (PSB-BA), que tem o apoio do governador Jaques Wagner (P) e poderia ir para o Ministério da Integração Nacional; a embaixadora Vera Machado para o Itamaraty; a ministra Márcia Lopes, que pode ser mantida no Desenvolvimento Social; e a deputada Maria do Rosário (PT-RS), para a Secretaria de Direitos Humanos ou das Mulheres. Dilma manterá outra mulher com muito poder no governo: a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho.
Nas conversas com os aliados para levantar as demandas de cada um na formação do governo Dilma, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, pediu a todos nomes de mulheres para o futuro Ministério. Os partidos aliados já apresentaram seus pleitos e devem formalizar nomes a partir da próxima semana. Porém, não devem aparecer muitos nomes de mulheres.
Indicações
O PMDB, por exemplo, maior partido aliado, não deve indicar nenhuma. O PCdoB manifestou a disposição de manter o Ministério do Esporte, hoje ocupado por Orlando Silva, que pode ser mantido no cargo ou abrir espaço para Manuela D´Ávila, deputada federal mais votada no Rio Grande do Sul. Silva deverá comandar a Autoridade Pública Olímpica (APO), entidade que cuidará da organização dos Jogos Olímpicos de 2016.
Com origem no movimento estudantil, a deputada gaúcha não é uma estranha no ninho esportivo. No momento, a colorada Manuela disputa as eleições para o Conselho Deliberativo do Internacional. Ela tem repetido que não recebeu convite e evita falar sobre a sua participação no ministério de Dilma, mas apoia a disposição da presidente de aumentar a participação feminina no governo.
Líder do governo Lula no Congresso, Ideli termina seu mandato de senadora no final de janeiro e é nome dado como certo na Esplanada dos Ministérios, mas ainda não foi definida a pasta. Ideli, que é amiga pessoal de Dilma, disputou o governo de Santa Catarina, abrindo palanque para a presidenciável petista no estado. Ex-prefeita de Salvador, Lídice da Mata tem experiência e currículo para ter um cargo na Esplanada. Não se sabe qual ainda.