Novas acusações de abusos sexuais abalam visita do papa ao Reino Unido

papa-Bento-XVIAgencia EFE

Londres, 18 ago (EFE).- Novas acusações sobre abuso sexual a menores em uma escola particular católica de Londres, investigadas atualmente pela Polícia, abalam a visita do papa Bento XVI ao Reino Unido em setembro.

Dois ex-alunos da St Benedicts School, que fica anexa ao mosteiro beneditino de Ealing, procuraram a Polícia depois de lerem no jornal The Times uma notícia sobre o processo contra um monge e ex-professor desse centro, o padre David Pearce.

Entre os ex-alunos de St Benedicts está lorde Patten of Barnes, justamente quem o primeiro-ministro, David Cameron, encarregou a coordenação da visita papal de setembro próximo.

Um funcionário da Polícia confirmou ao jornal que dois homens de mais de 40 anos formularam acusações de abusos sexuais. As ações se referem a casos ocorridos quando os mesmos eram estudantes em Ealing, o que está sendo investigado pela Polícia Metropolitana.

Um dos ex-professores no centro do escândalo é David Pearce, de 68 anos, que admitiu diante do tribunal ter abusado sexualmente de oito alunos entre 1972 e 2008 e cumpre atualmente uma condenação de cinco anos de prisão.

Pearce, que ocupou o cargo de diretor de escola, tinha supostamente proibido qualquer contato com crianças e alunos quando abusou em 2007/08 de sua última vítima, um adolescente.

A proibição foi imposta pelo tribunal que o condenou em 2006 e o obrigou a indenizar em 43 mil libras (51,6 mil euros) a outra vítima, cuja identidade não foi revelada.

Além de Pearce está sendo investigado um ex-professor de matemática chamado John Maestri, de 71 anos, condenado em três ocasiões por abuso sexual a menores e incluído no registro de delinquentes sexuais.

Um terceiro ex-professor foi acusado também por uma das supostas vítimas desse tipo de abusos e acredita-se que está colaborando com a Polícia.

Segundo The Times, o abade de Ealing, Martin Shipperlee, pediu ao advogado lorde Carlile of Berriew que fizesse uma investigação dos casos de abusos sexuais nos quais pudessem estar envolvidos a escola e a comunidade monástica.

A escola católica, na qual estudaram conhecidas personalidades como o escritor Peter Ackroyd e o historiador Peter Hennessy, cobra até 3.920 libras (4,7 mil euros) por curso de seus alunos, assegura o jornal. EFE

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