Nota publicada no Correio Braziliense no domingo, 15/08/2010. Página 20, editoria Opinião, seção Sr. Redator.
Com alegria, recebi a notícia “TSE: 30% de mulheres é lei” (13/8, pág.5). A decisão do Tribunal de intimar os partidos a cumprirem as cotas é da maior importância. Depois de 15 anos do estabelecimento da política de quotas por sexo para candidaturas, nenhum partido pode alegar que não consegue encontrar o número suficiente de mulheres candidatas. Se nunca fizeram o dever de casa, agora então, como recomenda o TSE, que reduzam o número de homens candidatos para cumprir a lei (mínimo de 30% e um máximo de 70% de candidaturas para cada sexo). O descaso com os direitos das mulheres na política é uma vergonha nacional. Por isso, amargamos o penúltimo lugar entre todos os países latino-americanos e caribenhos em relação a desigualdade na participação de mulheres nos parlamentos. Não se poderia chamar de democrático um sistema político que além de excluir as mulheres, ainda desrespeita as leis que tentam superar tal problema. Por isso, parabéns ao TSE por tomar decisões que fortalecem a democracia brasileira.
Guacira Cesar de Oliveira – Cfemea