Mercado de trabalho cresce para mulheres

Carla Modena,São Paulo, SP – Jornal da Globo

Mulheres registram crescimento acima dos homens no mercado de trabalho. As mulheres estão competindo melhor com os homens no mercado de trabalho. Elas estão estudando mais.

A faculdade de direito foi o primeiro passo. Depois de formada, Cristina Amendola Imbriani investiu na carreira e fez até curso de gestão. “Os cursos fizeram toda a diferença, eu percebo que eles ampliam o horizonte”, diz a gerente jurídica.

O empenho rendeu frutos: cinco promoções em nove anos. Aliás, nesta empresa, as mulheres conseguiram 13% mais promoções do que os homens. É, o ambiente está mais feminino.

O gerente jurídico, Emiliano Tozetto está cercado por mulheres e jura: não se sente ameaçado. “Não me incomodo, porque eu aprendo com elas”.

Dados do Ministério mostram que a força de trabalho feminina cresceu 5,34% no ano passado, enquanto a masculina aumentou 3,87%. A boa notícia: em 30 anos, a diferença média de salários entre homens e mulheres diminuiu no país.

“Ela ganha menos do que os homens, mas ela ganha mais do que ela ganhava no passado. A situação das mulheres melhorou muito, ainda tem muita coisa para melhorar, mas isso faz com que ela continue investindo”, afirma a especialista em mercado de trabalho feminino, Regina Madalozzo.

Milton Pereira, diretor de desenvolvimento humano da Serasa Experian, aposta nas mulheres e diz que elas se saem melhor nos trabalhos em equipe. “Quando depende de mais flexibilidade, áreas que o compartilhamento tem que ser maior, eu acho que as mulheres se saem melhor”.

Em uma universidade, homens e mulheres estão praticamente empatados nos cursos de graduação, mas na pós elas já são maioria. A qualificação profissional foi um caminho encontrado por muitas mulheres para se valorizar, entrar na disputa e muitas vezes ganhar a briga pelo posto de trabalho.

Mesmo estando bem preparadas, as mulheres ainda precisam brigar por valorização. “Nós mulheres estamos aos poucos conquistando o nosso espaço e vamos chegar lá”, diz a bacharel em administração/comércio exterior, Marina Marinho.

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