Jornal Nacional
As japonesas vivem em média 86,44 anos, seguidas pelas mulheres de Hong Kong e da França. A pesquisa mostrou que a diferença entre homens e mulheres no Japão está aumentando.
Pelo quarto ano seguido, as mulheres japonesas bateram um recorde mundial. Nenhum ser humano tem uma média de tempo de vida maior do que elas. Mais de 86 anos.
A estatística diz que a tradutora Setsuto ainda vai viver muito. A genética ajuda. Na foto do celular, ela aparece ao lado da avó de 103 anos. Magra, cuidadosa com a saúde e com a alimentação, ela é a japonesa típica, a não ser por um detalhe. “Eu faço moqueca com bastante azeite de dendê”.
Gosta tanto das coisas do Brasil que aprendeu a falar português. Mas não se afasta muito da tradição japonesa. Na marmita, trouxe tofu e algas, peixe e muitos legumes e verduras.
Esse tipo de alimentação ajuda as mulheres japonesas a ganhar um titulo imbatível nos últimos 25 anos: as que mais vivem no planeta, cerca de dez anos a mais do que as brasileiras e quase sete a mais do que os japoneses, que ocupam o quinto lugar entre os homens.
As japonesas vivem em média 86,44 anos, seguidas pelas mulheres de Hong Kong e da França. A pesquisa mostrou que a diferença entre homens e mulheres no Japão está aumentando. Os japoneses também estão vivendo mais, mas não conseguem acompanhar o ritmo delas, que batem recordes sucessivos de longevidade. Tão cedo ninguém vai conseguir tirar o título das japonesas.
O cardiologista Noride Takaya diz que a diferença entre os homens e mulheres é por motivo genético. Elas são programadas para viver mais. O importante é que a longevidade está aumentando para os dois grupos. E, além da alimentação, ele cita um outro fator. A medicina no país é preventiva. Ou seja, os japoneses vão ao médico para não ficarem doentes.
Uma vez por ano, todos os moradores do Japão, inclusive os estrangeiros, têm que fazer um exame de saúde completo. Isso permite o controle dos fatores de risco, como colesterol e pressão alta. E ajuda a ter um longo futuro pela frente.