Arthur Guimarães
Do UOL Notícias
Acontece às 10h de hoje, no Fórum de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a audiência de instrução do caso que envolve Geisy Arruda, seu vestido rosa e a Universidade Uniban. Na sessão, o juiz irá ouvir testemunhas, partes e advogados para decidir – no mesmo dia ou não – se a garota deve receber a indenização de R$ 1 milhão que pleiteia por danos morais.
Geisy alega que sofreu inúmeros prejuízos. Disse que foi humilhada no dia em que seus colegas de faculdade a hostilizaram pela roupa que vestia. Depois do episódio, seu nome foi divulgado nacionalmente. "Fora isso, fui expulsa da Uniban. Não terminei nem o primero ano", reclama durante entrevista ao UOL Notícias.
Sobre a audiência, Geisy assume que está "um pouco tensa". Como ela explica, na ocasião será obrigada a ver novamente pessoas que foram responsáveis "por todos seus problemas". "É gente que me fez muito mal. Para mim, não vai ser legal. Mas vou passar por isso, já que é a única forma de provar que fui violentada, moralmente falando, e lutar por justiça", diz.
Devem ser ouvidos hoje três testemunhas por parte de Geisy e sete pela Uniban. Não há obrigação para que o juiz do caso dê a sentença no mesmo dia. O resultado poderá ser divulgado em outra data, com a publicação da decisão no Diário de Justiça. "Estou superconfiante", diz a ex-aluna da faculdade, que já planeja voltar a estudar no ano que vem. "Mas ainda não decidi o quê."
Histórico
No dia 22 de outubro do ano passado, Geisy precisou ser escoltada por policiais para sair da Uniban, em São Bernardo do Campo (SP), após ser hostilizada por usar um vestido rosa curto.
A universidade expulsou a jovem, mas ela foi readmitida após a repercussão do caso – entretanto, Geisy não voltou a frequentar o curso. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as ofensas, processo que ainda está em andamento em uma delegacia de São Bernardo do Campo.