A deputada Janete Rocha Pietá (PT/SP) foi eleita para coordenar a Bancada Feminina na Câmara Federal. A votação aconteceu na semana passada, contou com a presença de 30 das 44 deputadas, que votaram em sua maioria em Pietá, 23 votos, contra quatro para a deputada Suely Vidigal do PDT/ES, que também concorreu à vaga. Houve dois votos nulos e um branco.
A nova coordenadora afirmou que sempre participou ativamente da Bancada Feminina desde que assumiu o mandato e, como coordenadora, quer estreitar o intercâmbio das deputadas a fim de fortalecer a atuação da Bancada dentro e fora do Parlamento. “Darei continuidade ao trabalho que desenvolvemos até agora em favor do fortalecimento da nossa Bancada e, principalmente, do avanço das questões de interesse das mulheres”.
Ela também lembrou que as deputadas vivem diretamente a realidade de que a Câmara Federal tem menos de 10% de presença feminina. “A representação da população brasileira está evidentemente distorcida, pois as mulheres são a maioria da população (52%). Nossa mobilização é fundamental para maximizarmos os possíveis impactos de nossa atuação no Parlamento”.
Dessa maneira, segundo a deputada, “todos os parlamentares têm que, junto aos seus partidos, consolidar as conquistas da reforma eleitoral: 30%, ao menos, de mulheres concorrendo nas próximas eleições, além de estimular lideranças femininas e sua efetiva inserção nos programas partidários de formação de novas lideranças”.
A aprovação da Minirreforma Eleitoral foi uma das principais conquistas da última coordenação da Bancada Feminina na Câmara, que estava sob responsabilidade da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).
Janete Pietá foi empossada na quarta-feira, 9/06. A deputada tem 54 anos, é professora e arquiteta, natural do Rio de Janeiro, mas fez carreira política em São Paulo, onde integrou a Executiva e os Diretórios Regional e Municipal do PT de Guarulhos. Está em seu primeiro cargo como deputada federal (2007 – 2011).
É a única mulher parlamentar negra no Congresso Nacional e trabalha por demandas como a criação de um Fundo de Promoção da Igualdade Racial; normas que dispõem sobre a produção de alimentação adaptada para pessoas com anemia falciforme, doença mais prevalente entre a população negra; a priorização anual dos espaços culturais da Câmara dos Deputados, durante os meses de março e de novembro, para a realização de eventos artísticos e culturais com a temática “Mulher e Igualdade Racial”; e a criação da Subcomissão Permanente para tratar, no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, de questões relacionadas ao tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para fim de exploração sexual e trabalho escravo.
fonte: Site www.maismulheresnopoderbrasil.com.br